Em “O discurso do método”, o filósofo francês René Descartes
busca uma forma regular de se produzir ciência, por meio de um método científico
simples, seguro e objetivo, capaz de direcionar a mente humana. No contexto do
Renascimento Cultural europeu e das Reformas Religiosas, Descartes colocava em
cheque os conhecimentos anteriores, questionando a função das tradições como
formas de gerar conhecimento.
Em seu livro, o francês também coloca em pauta o fato de a
razão ser o principal instrumento para a verdade e a dúvida o princípio básico
da ciência. Em outras palavras, Descartes duvidava de tudo que era posto como
verdade na sociedade e, quando todas as dúvidas eram cessadas por meio do
raciocínio e da pesquisa racional, chegava em uma verdade absoluta. Com a
máxima “penso, logo existo”, o filósofo postula que o ato de duvidar prevê a existência
de um pensamento e, consequentemente, a existência de um “eu”.
Outro filósofo que usou a razão como base de sua filosofia
foi o inglês Francis Bacon que, em sua obra “Novum Organum”, classificou a
razão como auxiliar da experiência.
Bacon acreditava em um método experimental, que levaria à
busca do conhecimento e da verdade: a indução, em que uma conclusão era
elaborada a partir de um caso particular e aplicada de forma geral em outros. É
importante ressaltar, portanto, a importância da experiência para a
interpretação do mundo, segundo a visão do inglês.
Também criador de uma máxima, “ saber é poder”, Bacon
julgava que o pensamento indutivo levaria ao conhecimento absoluto, além de ser
o caminho para o homem aprender a usar
as forças da natureza a seu favor.
Tainah Gasparotto Bueno
Direito Diurno - 1º ano
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