Comte acreditava
que a responsabilidade por conduzir o aperfeiçoamento das instituições estaria
restrita a uma elite de cientistas. O positivismo compara a sociedade a um
organismo biológico, na qual o coletivo, a solidariedade e o altruísmo estariam
acima do individualismo, em seu livro o sociólogo usa a frase “o Homem
propriamente dito não existe, existindo apenas a humanidade”, exemplificando
tal ideia.
Seguindo
essa linha de raciocínio é importante ressaltar que sempre haveriam diferenças
sociais, visto que, não poderíamos por exemplo, ser um agrupamento composto de
membros que desempenham as mesmas funções. Para o bom funcionamento, precisamos
abranger todas as funções sociais, mesmo que mais simples e menos remuneradas.
A mobilidade social até pode ser alcançada, mas através da meritocracia.
Sabemos, contudo, que não podemos acreditar em méritos pessoais, pois não
vivemos em uma sociedade na qual todos têm acesso aos mesmos recursos. Um
exemplo disso é a música “A vida é um desafio” trabalhada em sala de aula que
diz “Como fazer duas vezes melhor, se você tá pelo menos cem vezes atrasado
pela escravidão, pela história, pelo preconceito? ”.Nesse contexto social, o
Estado, com o objetivo de tentar reparar tal dano, começa a trabalhar com ações
afirmativas como as cotas sociais e raciais.
Ainda, acerca dos pensamentos positivistas é valido ressaltar o lema
“Ordem e Progresso” presente em nossa bandeira. Tais termos derivam da frase “O
Amor por princípio, a Ordem por base; o Progresso por fim” e exemplificam o
ideal de organização e convergência proposto por Comte. No âmbito jurídico
podemos dizer que as Leis são uma forma de garantir a Ordem para que assim, se
possa alcançar a evolução como sociedade.
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