Ordem e progresso: esse é o
lema grafado na bandeira do país e que sintetiza as principais ideias do
positivismo, ciência elaborada e defendida por Comte em seu livro “Curso de Filosofia
Positiva” escrita em 1830. Baseando-se em filósofos já conhecidos, como
Descartes e Bacon, a sociologia positiva tem por seu principal objetivo
compreender e conhecer a sociedade afim de controla-la, manter as estruturas
vigentes e guia-la ao progresso.
Apesar de ter sido desenvolvido
há séculos, o positivismo ainda influencia a sociedade atual, principalmente
nas esferas sociais, como a educação e a equidade entre os seres. Um exemplo
que pode ser citado é a busca pela emancipação feminina e a abolição da
escravatura, movimentos que buscaram dar voz as camadas sociais antes excluídas,
provocando uma transformação intensa na sociedade e quebrando a ordem vigente
tão prezada pelos positivistas. Por outro lado, essa desordem acarretada pelas
mudanças sociais não afetou todas as esferas do corpo social, apenas a
jurídica, uma vez que o machismo e o preconceito ainda são muito comuns. A
mulher como objeto e a cor negra se mantiveram como uma instituição, não
havendo uma quebra real de valores.
Na educação, a metodologia de
pesquisa cientifica criada por Comte é constantemente usada e serve de base
para trabalhos teóricos de suma importância. Outro aspecto também herdado da
física social é visão estática e conservadora da sociedade que defende a
participação da população apenas nos estratos sociais a qual já pertenciam,
sendo o esforço e o mérito as únicas possibilidades de ascensão social.
A filosofia positiva
baseia-se, portanto, em ideais conservadores que buscam manter as instituições
da sociedade realizando apenas mudanças controladas pelo estado. Ela, no
entanto, foi de suma importância para a formulação de uma ciência capaz de
estudar a sociedade além de influenciar em algumas ideias perpetuadas até os
dias atuais.
Jéssica Castor Modolo - Direito Matutino - Turma XXXV
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