O filme ‘ponto de mutação’, baseado no livro de Fritjof Capra, se passa em um dia de três personagens bastante distintas entre si: o político Jack Edwards, seu amigo poeta Thomas Harrimann e a cientista Sônia Hoffmann, com quem os amigos se encontram durante uma visita à um castelo medieval na França. Durante a visita, o trio discorre sobre suas visões de mundo acerca de suas visões de mundo, cada qual se baseando em sua experiência de vida e em especial, nos recentes acontecimentos na vida de cada um.
A discussão se inicia na sala do relógio do castelo, onde Sonia se introduz na conversa ao fazer uma analogia entre o relógio e o pensamento de muitos políticos. Ela argumenta que pensar o mundo como se fosse uma máquina, no exemplo um relógio, foi um pensamento inovador na época de Descartes, mas que agora se torna antiquado e obsoleto. A evolução do mundo faz com que não seja mais possível resolver cada problema do mundo de maneira isolada, como se concerta um relógio antigo, afinal os acontecimentos não são isolados de influências externas e qualquer “solução” que ignore isso funcionará a curto prazo.
Por sua vez, Jack contra argumenta que, por mais que as conclusões da cientista estejam corretas, a aplicabilidade das possíveis soluções que envolvessem todas as conexões é pouca. As decisões transformadoras são difíceis de serem tomadas pois envolvem o interesse de grandes empresários e da população, que nem sempre consegue ver o benefício a longo prazo para o conjunto.
Este pequeno embate esclarece a maior dificuldade que se tem atualmente: projetos para um mundo melhor já se tem, o difícil são os longos e instáveis caminhos que se tem para chegar nele.
Tereza Gomes Leal - Direito Noturno - 1º ano
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