O saber não deve ser poder, mas sim um dever de zelar
pelo bem estar
A ciência possibilitou extraordinários avanços para a
humanidade. Em todos os campos da sociedade, substancias transformações foram
obtidas por consequência de pesquisas cientificas que se preocuparam em desmembrar
os campos do conhecimento para melhor entende-los separadamente e dar uma finalidade
prática a estes saberes, dentro do contexto mercadológico e capitalista. Essa
visão “descartiana”, no entanto, não é eficaz para interconectar todas as
frentes do conhecimento e não fomenta um desenvolvimento sustentável, uma vez
que a ciência esta a mercê do capital.
Uma vez que a pesquisa tem um alto custo, é notável que
os investimentos a pesquisa surjam no sentido de garantir retorno, alinhando-se
a ideia de expansão mercadológica. Deste modo há uma enorme seletividade no
conteúdo de tais pesquisas e uma perda de variedade nos temas abordados. Os
principais estudos têm como financiadores grandes indústrias ou o setor
militar.
Além da pouca variabilidade o avanço científico
proveniente do modelo de pesquisa vigente, trás sérios impactos ambientais, uma
vez que os recursos são extraídos do meio ambiente exaustivamente para atender
as demandas industriais.
Esta ciência a serviço do poder também causa impactos
sociais. Não há preocupação com os fins que serão dados a uma descoberta. O
exemplo mais enfático é a física nuclear, que projetou o forno micro-ondas, que
facilitou a vida cotidiana, mas também construiu as bombas atômicas que
arrasaram o Japão.
O conhecimento tem que ser fomentado no sentido de convergir com a sustentabilidade. É necessário mudar a percepção humana de como se compreende a ciência. Não é mais viável um saber fragmentado e isolado. Todos os campos científicos são na verdade parte de um todo e devem ser enxergados como complementares e interdependentes. A ciência não pode ser enxergada como fonte de poder, mas sim como um meio de zelar pelo bem estar da humanidade.
Lucas Tadeu R Efigênio - 1º Ano Direito - Noturno
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