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segunda-feira, 28 de março de 2016

Ponto de mutação: lugar fixo ou início da transformação em série?

Ponto de mutação, apesar de se apresentar como um filme denso por ter 1:50 de pura discussão entre três pessoas, trata-se de um excelente convite à reflexão de alguns temas políticos bem como ao aprofundamento das visões de Descartes e Francis Bacon.
Em seu início, o filme ilustra a visão mecanicista de Descartes, que enxergava a natureza como uma grande máquina, um grande relógio que para ser compreendido necessitava que suas "engrenagens" fossem vistas e estudadas separadamente, visão esta muito semelhante à do personagem Jack, um político estadunidense com visão muito realista e que almeja a presidência.
Já a personagem Sonia reconhece as limitações de Descartes e tem uma preocupação semelhante à de Einstein: a utilização das descobertas científicas para fins bélicos. Além disso,  prega a necessidade de um desenvolvimento sustentável.
Analisando o terceiro personagem,Tomas, um poeta, nota-se uma perspectiva mais observadora e introspectiva sendo que o qual, apesar disso, não deixa de tecer uma crítica à toda diacussão dos três.
Para mim, um dos pensamentos mais significativos do filme foi o de que "as pessoas deixam as responsabilidades nas mãos de quem detém o poder", algo que infelizmente acontece até hoje e que tanto atrasa as melhorias sociais.
Terminei o filme com duas interpretações do título:
1) a ideia de que o ponto de mutação é, por ser um ponto, algo fixo onde as mudanças começam e terminam no mesmo lugar, não abarcando outras áreas e pessoas;
2) a ideia de que o ponto de mutação é onde cada mudança começa, se estendendo depois às demais regiões e pessoas.
E por via do diferenciado destino sugestivo das personagens, considerarei as duas válidas, já que cada ser humano absorve e aplica o que aprende de maneira distinta, de modo a terminar assim a minha análise do filme.

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