A teoria sociológica de
Durkheim tem como fundamento o Funcionalismo. Assim como Comte, Durkheim
procurou sistematizar uma metodologia cientifica para os estudos
sociológicos. Dessa forma, ele afirma
que assim como o corpo
humano tem um conjunto de órgãos cada um com uma função e, portanto, cada um
com um funcionamento específico; a sociedade tem um corpo social com um
conjunto de instituições, cada uma com uma função e um funcionamento específico.
Além disso, o sociólogo sistematiza uma teoria da classificação das sociedades
dividindo-as em: solidariedade mecânica e solidariedade orgânica. A primeira é
a tradicional, já a segunda é a moderna. Tendo, ainda, como conceito chave de
sua teoria os Fatos Sociais, ele define como sendo fato social aquilo que é
exterior, coercitivo e geral ao individuo.
A ação dos
justiceiros toma as ruas da atualidade, sendo considerado um ato de desespero
pelo não funcionamento do Estado. Essa ação pode ser vista como algo natural do
ser humano que é sedento de vingança e justiça e, como o Estado, para eles, não
cumpre seu papel, eles decidem fazer “com as próprias mãos”. Esse fato social
tem a coerção da não ação do Estado em alguns quesitos. Dessa forma, conclui-se,
juntamente a Durkheim, que um fato social é resultante de outro, já que a não
funcionalidade do Estado leva aos atos desse grupo.
Contudo, é necessário compreender que a ideia de vingança como justiça é
absurda e não é uma saída para os problemas que são enfrentados com o Estado. É necessário, então, esclarecer a importância das leis, ou então a sociedade
entrará em barbárie e anomia social (Durkheim). A ação dos justiceiros vai contra
as regras sociais e revelam um momento de terror, podendo, então, ser
considerado um fato social anormal. Verifica-se, dessa forma, que a sociologia
de Durkheim tem funcionalidade até os dias atuais.
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