- Escrito no contexto das revoluções liberais e industrial, "Curso de Filosofia Positiva", de August Comte, defente a ciência, a técnica e a ordem. Influenciado por Descartes e Bacon, o autor valoriza o conhecimento "positivo", o empiricamente fudamentado, o "real" frente ao "quimérico", ao que correspondem o teológico e o metafísico, tidos por ele como formas imaturas de entender e explicar o mundo, representando diferentes etapas evolutivas do conhecimento, cuja coexistência é prejudicial à sociedade por gerar uma "anarquia intelectual".
- Baseado no paradigma newtoniano, Comte refuta a busca pelas causas essenciais do fenômeno, característica da teologia e da metafísica, preferindo entender as leis que o regem. Aplicando seu método de observação no campo das ciências socias ele busca vislumbrar as leis gerais que regem o fenômeno sociedade, como a "força de mercado".
- O filósofo identifica a felicidade com o bem comum, o qual depende primeiramente da manutensão da ordem social, pondo-se tanto contra ao socialismo quanto ao liberalismo, pois este gera anarquia pela competição entre a burguesia por lucro, gerando exploração do proletariado, e o outro gera anarquia pela competição por poder entre o proletariado revolucionário. Seu empenho em defender a ordem fez de sua obra excelente base ideológica para ditaduras fascistas.
- Estabelecida a ordem, converge ao bem comum o progresso técnico, a superação da fragilidade fisiológica do homem, por isso Comte prevê a valorização da engenharia, representando a ligação entre a ciência e a técnica, mas não valoriza apenas o fim prático da ciência, mas também sua pretensão de "interpretar o mundo".
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