Através do Positivismo, Auguste Comte inaugura as bases metodológicas da ciência atual por estabelecer união entre os conceitos cartesianos e baconianos. Ao substituir os pensamentos teológico e metafísico por uma “física social”, as crendices e as meras conjeturas são abjuradas e um sistema teórico-empírico eficiente e racional entra em vigência, permitindo, assim, a expansão do conhecimento para uma realidade sem precedentes.
Do ponto de vista sociológico, esses ideais preconizam a ordem e o progresso, os quais são necessários à organização adequada da massa, porquanto este não subsiste sem aquele e, consequentemente, torna-se impraticável a evolução do ser humano.
Em tese, trata-se de algo indispensável ao cotidiano, mas sua práxis vai além de um simples arcabouço reflexivo, pois as variáveis envolvidas são complexas e incomensuráveis. Como exemplo, basta analisar a necessidade do espírito crítico e questionador, muitas vezes até revolucionário, dentro da sociedade. Tal fato não é admissível pelo positivismo, já que poderia haver desordem a partir dos inquirimentos.
Nesse sentido, pode ocorrer o surgimento de regimes autoritários levantados sob a égide do desenvolvimentismo, como demonstra a história.
Sendo assim, é notória a importância dos preceitos de Comte para o conhecimento. Entretanto, a moderação nas conclusões é digna de louvor, principalmente em um mundo cada vez mais multicultural e dinâmico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário