Uma das ideias fundamentais, do movimento positivista, seria a ideia do progresso, que pode ser considerada a intuição teórica mais significativa e abrangente do século XIX. A ideia do progresso nasceu no século XVIII com o iluminismo e significava que a humanidade, independentemente de sua vontade ou consciência, estaria sendo “encaminhada”, automaticamente e de forma linear, em direção a um futuro melhor, dirigido pela razão.
Comte sugeria que só seria possível progredir dentro da ordem. O próprio termo positivismo expressa uma percepção considerada conservadora. Enquanto muitos críticos da sociedade capitalista queriam superá-la. Comte acreditava que o certo seria se submeter à ordem existente. Se as teorias dos outros pensadores eram “negativas”, porque negavam ou combatiam o capitalismo, a teoria comteana procurava afirmar o existente, portanto, era positiva em relação à vida na forma em que estava organizada.
As ideias de Comte surgiram em um momento de sepultamento dos ultrapassados ideais absolutistas e aristocráticos impondo, afinal, a hegemonia burguesa pela Europa, que já enfrentava a rivalidade da força política do proletariado. Depois que a burguesia assumiu o poder, ficava cada vez mais evidente o distanciamento de seus interesses dos setores populares. É importante lembrar que essas duas camadas lutaram juntas pela superação do Antigo Regime, muito embora sempre prevalecessem os anseios da alta burguesia, que desde os primórdios, na Revolução Francesa, lutava por uma igualdade de nascimento, que acabaria com os privilégios da nobreza, mas defendia um critério censitário de participação popular, excluindo as classes sociais mais baixas.
A ideia de solidariedade ocupa uma posição central na organização social positivista. Segundo Comte, o proletariado deveria aceitar seu “lugar social” e seu papel definido, em prol do progresso da sociedade como um todo. O positivismo prevê a primazia da sociedade sobre o indivíduo. O conceito de felicidade também está associado ao bem público, sobrepondo-se ao parâmetro pessoal de felicidade.
Em uma época na qual havia exploração desenfreada dos operários, que recebiam baixíssimos salários, já que a oferta de mão-de-obra era muito maior que a demanda da produção industrial, era no mínimo contraditória a ideia de solidariedade de Comte, para não dizer absurda. Longas jornadas de trabalho, de 14 e até 16 horas diárias, seis dias por semana, habitação em cortiços sem as mínimas condições higiênicas e constante situação de desemprego, formavam o cotidiano de homens, mulheres (maioria esmagadora na indústria têxtil-recebiam salários mais baixos que os homens) e crianças (eram usadas na mineração de carvão, constituindo uma mão-de-obra ainda mais barata).
Diante deste contexto social, os membros da elite se sentiam amedrontados e inseguros por causa das transformações geradas pela sociedade industrializada, sobretudo, no que diz respeito ao surgimento e organização do proletariado. Comte, como representante teórico de uma elite capitalista, tentava convencer o elemento popular, que o melhor caminho a seguir seria mesmo o da paciência e o da aceitação subserviente das condições de exploração, presentes na sociedade.
A própria ordem capitalista, que de tempo em tempo reivindica a guerra como fator decisivo, tanto para gerar riqueza, enquanto indústria bélica, quanto para conquistar novos mercados, na maior parte do tempo necessita de estabilidade. A ideia de Comte atenderá aos anseios de uma elite, que percebia como essencial impor uma certa ordem à sociedade, a sua ordem, aquela que lhes interessava. Comte reivindicava o fim dos conflitos e a aceitação da ordem existente, para que fosse possível garantir as condições necessárias ao progresso, mas um progresso apenas dessa burguesia em ascensão.
Comte sugeria que só seria possível progredir dentro da ordem. O próprio termo positivismo expressa uma percepção considerada conservadora. Enquanto muitos críticos da sociedade capitalista queriam superá-la. Comte acreditava que o certo seria se submeter à ordem existente. Se as teorias dos outros pensadores eram “negativas”, porque negavam ou combatiam o capitalismo, a teoria comteana procurava afirmar o existente, portanto, era positiva em relação à vida na forma em que estava organizada.
As ideias de Comte surgiram em um momento de sepultamento dos ultrapassados ideais absolutistas e aristocráticos impondo, afinal, a hegemonia burguesa pela Europa, que já enfrentava a rivalidade da força política do proletariado. Depois que a burguesia assumiu o poder, ficava cada vez mais evidente o distanciamento de seus interesses dos setores populares. É importante lembrar que essas duas camadas lutaram juntas pela superação do Antigo Regime, muito embora sempre prevalecessem os anseios da alta burguesia, que desde os primórdios, na Revolução Francesa, lutava por uma igualdade de nascimento, que acabaria com os privilégios da nobreza, mas defendia um critério censitário de participação popular, excluindo as classes sociais mais baixas.
A ideia de solidariedade ocupa uma posição central na organização social positivista. Segundo Comte, o proletariado deveria aceitar seu “lugar social” e seu papel definido, em prol do progresso da sociedade como um todo. O positivismo prevê a primazia da sociedade sobre o indivíduo. O conceito de felicidade também está associado ao bem público, sobrepondo-se ao parâmetro pessoal de felicidade.
Em uma época na qual havia exploração desenfreada dos operários, que recebiam baixíssimos salários, já que a oferta de mão-de-obra era muito maior que a demanda da produção industrial, era no mínimo contraditória a ideia de solidariedade de Comte, para não dizer absurda. Longas jornadas de trabalho, de 14 e até 16 horas diárias, seis dias por semana, habitação em cortiços sem as mínimas condições higiênicas e constante situação de desemprego, formavam o cotidiano de homens, mulheres (maioria esmagadora na indústria têxtil-recebiam salários mais baixos que os homens) e crianças (eram usadas na mineração de carvão, constituindo uma mão-de-obra ainda mais barata).
Diante deste contexto social, os membros da elite se sentiam amedrontados e inseguros por causa das transformações geradas pela sociedade industrializada, sobretudo, no que diz respeito ao surgimento e organização do proletariado. Comte, como representante teórico de uma elite capitalista, tentava convencer o elemento popular, que o melhor caminho a seguir seria mesmo o da paciência e o da aceitação subserviente das condições de exploração, presentes na sociedade.
A própria ordem capitalista, que de tempo em tempo reivindica a guerra como fator decisivo, tanto para gerar riqueza, enquanto indústria bélica, quanto para conquistar novos mercados, na maior parte do tempo necessita de estabilidade. A ideia de Comte atenderá aos anseios de uma elite, que percebia como essencial impor uma certa ordem à sociedade, a sua ordem, aquela que lhes interessava. Comte reivindicava o fim dos conflitos e a aceitação da ordem existente, para que fosse possível garantir as condições necessárias ao progresso, mas um progresso apenas dessa burguesia em ascensão.
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