Augusto Comte, com seu "Curso de Filosofia Positiva" e "Condições de Estabelecimento do Espírito Positivo", dá continuidade aos trabalhos pré-positivistas de Descartes e Bacon, porém de maneira mais direta em relação ao seu objetivo (transformar o modo de se ver a ciência e a metodologia) e como queria que seus ensinamentos fossem utilizados.
Antes de prosseguir, cabe uma breve explicação do significado de "positivo" nesse contexto. Aqui, é discernimento entre o real e o falso, útil e inútil, certo e errado, e o método a ser usado para se enxergar isso com lucidez.
Deixado isso claro, podemos partir para a análise do abordado pelo autor em seu "Curso de Filosofia Positiva". Um dos pontos importantes é a vontade expressa pelo autor de unir os conhecimentos da humanidade, formar uma ciência única e deixar de lado a especialização, tão em voga atualmente.
Outro tópico que merece destaque é o seu conceito inovador de física social, que considera parte da física orgânica, atualmente chamada de "ciências humanas". Comte dá extrema importância ao seu estudo para compreendimento da sociedade.
Já aproveitando a deixa, pulo para a segunda parte a ser analisada, as "Condições de Estabelecimento do Espírito Positivo", obra de cunho mais social.
Social porque, além de Comte ressaltar a "primazia da sociedade sobre o indivíduo", incita a introdução do pensamento positivista ao proletariado, já que estes estão mais próximos da natureza e por isso entenderão melhor a obra, abraçando sua filosofia mais facilmente.
Para concluir, seguindo o pensamento de Comte de que a felicidade está intimamente ligada ao bem público, afirmo tranquilamente que o brasileiro é mais infeliz do que imagina...
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