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segunda-feira, 7 de abril de 2025

Ordem para alguns, desordem para outros

          Em um mundo no qual vemos o meio ambiente sendo destruído, a extrema-direita avançando na liderança da maior economia mundial e movimentos sociais sendo desmobilizados, é inevitável se questionar até onde isso vai chegar. E se ,ao invés de estarmos evoluindo e indo atrás do tão almejado "progesso" nós estivermos fazendo exatamente o oposto e caminhando para o fim do mundo? A resposta disso não é palpável por enquanto ,porém deve ser discutida. Podemos sentir tudo menos desesperança, porque em um lugar onde o normal é ser apático e inativo, o mais essencial é sentir e agir, é ver a desordem e fazer barulho.

         O retorno de Donald Trump à presidência, com suas sucessivas ações que limitam e reduzem os direitos das minorias norte-americanas, simboliza uma ruptura com a ordem social hodierna de luta por direitos e de valorização dos movimentos sociais. Seus discursos agressivos e preconceituosos mostram que a pergunta que deveríamos fazer não é se o mundo está fora de ordem mas sim quem está definindo a ordem do mundo. Desse modo, enquanto as parcelas opressoras da sociedade estiverem com as rédeas do poder, a desordem mundial vai passar despercebida,uma vez que ela atinge os grupos mais segregados e silenciados. 

        Assim, tendo em vista a afirmação de Racionais MC's "ninguém quer ser coadjuvante de ninguém", fica nítida a importância não apenas da consciência dessa ordem problemática mas principalmente da organização dos grupos oprimidos para o remanejamento dessa ordem para que consigam ganhar protagonismo no contexto em que vivem. Logo, a apatia e a inação não são opções viáveis, especialmente em tempos em que a lideranças políticas podem ameaçar os direitos das minorias e a saúde do planeta, e por isso a conscientização sobre a desordem existente e a busca por uma nova ordem social são passos essenciais para reverter essa situação, fazendo com que o controle dessa ordem não se prive apenas a alguns e se torne, essencialmente, do povo.

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