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segunda-feira, 7 de abril de 2025

As perspectivas da ordem na contemporaneidade

Vivemos em um período em que a humanidade enfrenta inúmeras crises, seja no âmbito político, econômico, ambiental ou social. Esse cenário nos provoca a refletir sobre a maneira como organizamos nossa sociedade e as consequências dela para o planeta e para o futuro. Essa reflexão pode ser vista de duas perspectivas: a de um mundo desorganizado, sem rumo e caótico, e a de uma ordem utópica, imposta sem levar em consideração as necessidades reais do ser humano e do meio ambiente. 

De um lado, é inegável que o mundo parece cada vez mais fora de ordem. A globalização e a revolução tecnológica, embora tenha aproximado as culturas e facilitado a comunicação, também intensificou desigualdades, provocou crises econômicas e ampliou o impacto ambiental. As mudanças climáticas, por exemplo, são um reflexo claro de uma desorganização crescente no uso dos recursos naturais. As queimadas, o desmatamento e a poluição se alastram pelo planeta, ameaçando a biodiversidade e colocando em risco os ecossistemas necessários para a manutenção da própria vida humana (o que é contraditório, já que os responsáveis pela destruição são os mais necessitados, a longo prazo). Além disso, assistimos a crises políticas em vários países, onde a extrema direita com seus ideais desumanos ganha força. Nesse cenário, o caos parece tomar conta do nosso cotidiano, com o sentimento de que as soluções para os problemas globais são cada vez mais difíceis de serem alcançadas. 

Por outro lado, há quem defenda que, na verdade, estamos vivendo uma "ordem fora de mundo". Ou seja, a maneira como a sociedade se organiza atualmente não condiz com as necessidades reais das pessoas e do planeta. A lógica capitalista, com seu foco no lucro e no consumo desenfreado, impõe uma ordem que ignora os limites ambientais e sociais. As grandes corporações, por exemplo, ditam as regras do mercado e, indiretamente, das dinâmicas sociais. A pressão por resultados imediatos, leva ao esgotamento dos recursos naturais e à exploração de mão de obra em condições sub-humanas. Esse tipo de "ordem" prejudica as relações humanas, criando uma sociedade individualista, desigual e desumana. 

Nesse contexto, é fundamental refletirmos sobre qual tipo de ordem estamos citando e buscando. Não podemos continuar ignorando os sinais de que a ordem atual está desajustada, mas também não podemos acreditar que a ausência de uma estrutura idealizada possa ser a solução. A verdadeira mudança não virá da imposição de uma ordem rígida sobre o caos, mas, precisa ser pautada na realidade vigente, que respeite os limites do ambientais, que promova a justiça social e que busque o bem-estar coletivo.  

Laís Alves de Queiroz. 1º Direito- Noturno.

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