Ao meu derredor tenho observado que algumas pessoas andam
insatisfeitas por pensarem que o mundo em que vivem está uma desordem. No
entanto, ouvindo isso, me questiono: “O que seria um mundo em ordem?”. Pensando
que “colocar algo em ordem” possa ganhar o sentido de organizar, deixar agradável
para todos, me atrevo a dizer que tal situação é uma utopia, pois sempre
haverão grupos insatisfeitos com a realidade em que vivem. De mesmo modo, utilizando
de um dos conceitos de Zygmunt Bauman “modernidade líquida”, temos que a
realidade em um contexto geral é instável e está sempre sujeita a mudanças,
sendo impossível manter uma “ordem” no mundo.
Portanto, o mundo, naturalmente, está e sempre estará em
desordem. Entretanto, faz-se mister lembrar que a palavra “desordem” aparenta ser
utilizada quando sentimos que nossos direitos estão sendo feridos, visto que o
estabelecimento de direitos e deveres deveriam compor uma “ordem social”. Nesse
caso, é importante que analisemos o que ou que situações ameaçam o pleno exercício
de nossos direitos humanos para que possamos agir contra os causadores desse “desornamento”.
Cita-se como um agente destrutivo para a ordem social as incessantes guerras por
motivos econômicos, políticos e ideológicos, como o conflito entre Ucrânia e Rússia,
no qual a população ucraniana é constantemente bombardeada por ataques
promovidos pelo governo russo, causando um morticínio dos civis atacados e, consequentemente,
ferindo o seu direito fundamental, o direito à vida.
Desse modo, concluo que o mundo sempre viverá uma desordem
natural. Porém, devemos nos voltar para os responsáveis da desordem que é destrutiva para o meio social.
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