Marx e Engels viveram na Europa do séc. XIX, período marcado
pelas intensas mudanças geradas pela segunda revolução industrial. Além disso, eles
também viviam na Alemanha, que ao longo do século se unificou, tornando-se uma potência
econômica e militar. Nesta mesma época os estudiosos viveram, de longe, a
Revolução Francesa. Todos estes episódios
influenciaram muito seus estudos, pois segundo eles, é a partir das condições materiais,
das provas históricas e das contradições sociais que se baseou o materialismo histórico-dialético.
Assim suas reflexões e análises, fundadoras do marxismo, refletem o contexto revolucionário
que atravessava o século.
A corrente marxista, se
concretizou ao longo das diversas obras de Marx e Engels. A primeira dentre
elas foi “O Manifesto Comunista”, nesta obra, eles apresentam as bases do
materialismo histórico-dialético, através da explicação de que, a história da
humanidade é uma história de luta de classes, tais lutas cessariam com revolução
dos proletários e a instalação do Comunismo. Já a obra “O Capital” juntamente
com a obra” Contribuição a crítica da
economia política” trazem uma ótica mais econômica responsável por defender a falência
inerente do sistema capitalista, a questão da propriedade privada, socialização
dos meios de produção e a mais valia.
“A
ideologia Alemã” é outra das obras que fundamentam o marxismo. Marx e Engels criticam
a ideologia alemã do período, que era dominada pela dialética hegeliana. Hegel
analisava as condições materiais como consequência da consciência humana, o
contrario do defendido no materialismo histórico dialético. Assim, esse
pensamento abstrato e burguês, sustentava a expansão da lógica industrial e seu motor incessante a busca
pelo capital sob a ordem liberal, aumentando as desigualdades ao passo que
dominava a consciência dos povos que a aderiram ao sistema.
Nos
dias de hoje, muito se fala sobre a ameaça comunista. Já que os modelos
neoliberais, alvos da crítica marxista, estão novamente ditando o sistema político-econômico
contemporâneo. Entretanto, a massa populacional que defende o sistema é
alienada pelo próprio sistema, como apontado pela “Ideologia Alemã”. Com isso,
os indivíduos que criticam o marxismo pouco sabem sobre tal e só se apropriam
da consciência instalada pela burguesia. Essa classe dominante, sabe do poder
dos valores instaurados na consciência coletiva e tira proveito de tal para
lucrar sob a alienação das massas.
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