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segunda-feira, 8 de maio de 2023

Das fontes do Marxismo até seus reflexos contemporâneos

     

Marx e Engels viveram na Europa do séc. XIX, período marcado pelas intensas mudanças geradas pela segunda revolução industrial. Além disso, eles também viviam na Alemanha, que ao longo do século se unificou, tornando-se uma potência econômica e militar. Nesta mesma época os estudiosos viveram, de longe, a Revolução Francesa.  Todos estes episódios influenciaram muito seus estudos, pois segundo eles, é a partir das condições materiais, das provas históricas e das contradições sociais que se baseou o materialismo histórico-dialético. Assim suas reflexões e análises, fundadoras do marxismo, refletem o contexto revolucionário que atravessava o século.

 A corrente marxista, se concretizou ao longo das diversas obras de Marx e Engels. A primeira dentre elas foi “O Manifesto Comunista”, nesta obra, eles apresentam as bases do materialismo histórico-dialético, através da explicação de que, a história da humanidade é uma história de luta de classes, tais lutas cessariam com revolução dos proletários e a instalação do Comunismo. Já a obra “O Capital” juntamente com a obra” Contribuição a crítica da economia política” trazem uma ótica mais econômica responsável por defender a falência inerente do sistema capitalista, a questão da propriedade privada, socialização dos meios de produção e a mais valia.

“A ideologia Alemã” é outra das obras que fundamentam o marxismo. Marx e Engels criticam a ideologia alemã do período, que era dominada pela dialética hegeliana. Hegel analisava as condições materiais como consequência da consciência humana, o contrario do defendido no materialismo histórico dialético. Assim, esse pensamento abstrato e burguês, sustentava a expansão da lógica industrial e seu motor incessante a busca pelo capital sob a ordem liberal, aumentando as desigualdades ao passo que dominava a consciência dos povos que a aderiram ao sistema.

Nos dias de hoje, muito se fala sobre a ameaça comunista. Já que os modelos neoliberais, alvos da crítica marxista, estão novamente ditando o sistema político-econômico contemporâneo. Entretanto, a massa populacional que defende o sistema é alienada pelo próprio sistema, como apontado pela “Ideologia Alemã”. Com isso, os indivíduos que criticam o marxismo pouco sabem sobre tal e só se apropriam da consciência instalada pela burguesia. Essa classe dominante, sabe do poder dos valores instaurados na consciência coletiva e tira proveito de tal para lucrar sob a alienação das massas.

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