Para Marx, quem tem as forças produtivas manda não só na economia mas também no jeito das pessoas pensarem e agirem (o proletariado perde totalmente a autonomia), ocorrendo assim, uma ligação entre a estrutura social, política e a produção.Marx fala do termo materialismo histórico e dialético: a sociedade é baseada na relação materialista de produção, e essa relação é contraditória. Assim, os trabalhadores devem transformar a sua realidade através da luta de classes. Por isso ele criticavaos filósofos do socialismo utópico, pois eles não tentavam mudar a realidade, apenas escreviam sobre ela.a
Marx é um crítico a esse sistema capitalista, criticando a valorização da produção acima da qualidade de vida do ser humano. Para ele, as pessoas envolvidas nesse processo devem transformar essa realidade, a teoria deve ser seguida pela prática, passando do conceito de ideia do Hegel. Mas para se conscientizar, é necessário que o trabalhador saia da alienação, que é quando o trabalhador está alheio ao seu papel na produção capitalista.
A obra “A corrosão do caráter”, de Richard Sennett, fala bastante desse processo de alienação e dominância, contando a história de Rico, um homem sobrecarregado e com relações sociais superficiais com sua família, amigos e colegas de trabalho. E mesmo assim pensa que está acima de todos que tenham uma condição abaixo que a dele, inclusive acima de seu pai, Enrico. A história é uma crítica social a muitas pessoas e ao sistema econômico vigente na sociedade. Ele está em estado de alienação, pensa mais no trabalho e no sucesso, e no possível fracasso profissional, do que em realmente aproveitar a vida e a família.
Desse modo, percebe – se que tanto Marx como Richard Sennett tentam mostrar aos homens como o capitalismo proporciona aos indivíduos vidas cada vez mais deploráveis, com muita exploração e pouca compensação. Assim, percebe - se um paralelo da teoria marxista e da história contada por Sennett com os dias atuais, compreende – se que o que era debatidos a séculos atrás ainda faz parte da realidade.
Maria Eduarda Alves Munhoz
Primeiro ano - Direito Matutino
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