Do marxismo à alienação nos dias atuais: a lógica de “colaboradores”
Marx e Engels foram os responsáveis pelo desenvolvimento da
teoria marxista, que estuda e analisa as relações socioeconômicas entre as
classes sociais e seus conflitos, que, apesar de pertencerem ao século XIX, ainda
são pertinentes até os dias atuais.
Os autores explicam a exploração do proletariado através do
materialismo dialético e histórico, passando por toda história da humanidade em
busca do entendimento das relações entre trabalho e produção e sobre a luta de classes.
Nesse sentido, compreende-se que existe uma disputa histórica entre classes sociais
condicionadas à produção material, onde o proletariado executa formas de trabalho
alienado e a burguesia disfruta dos lucros.
Analisando a questão do trabalho alienado, pode-se explicar
esta como a relação do trabalhador e o produto, que no final são vistos como a
mesma coisa. Para o mercado, o trabalhador não passa de um objeto, que se vê alheio
ao que ele mesmo produz, pois, não tem acesso a sua produção. Apesar disso, as
empresas tentam enganar o trabalhador, fazendo ele acreditar ser parte
importante da companhia, estipulando metas, presenteando com “lembrancinhas” e
os denominando “colaboradores”.
A princípio, isso parece algo interessante, talvez uma
forma de humanizar o trabalhador. Contudo, não passa de uma manobra modesta de alienação.
Segundo o dicionário, “colaborador” significa que ou o que colabora ou que
ajuda outrem em suas funções. Acontece que, o trabalhador não “ajuda”, ele
trabalha, e não deve nunca esquecer disso. Ele está vendendo sua força de TRABALHO, e não “colaboração”, até porque, quando se trata da Mais-valia, diferença do
que é pago e do que a pessoa produz, o valor nunca é colaborativo.
Em suma, apesar de parecerem inocentes, a burguesia cria sinônimos
e artimanhas para nos manter cada vez mais em nossas posições, sem reclamar, apenas
agradecendo as pequenas migalhas que nos são ofertadas.
Kamilli Gabrieli de Souza Teixeira
1° ano Direito, Noturno.
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