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segunda-feira, 8 de maio de 2023

Do marxismo à alienação nos dias atuais: a lógica de “colaboradores”

 Do marxismo à alienação nos dias atuais: a lógica de “colaboradores”

Marx e Engels foram os responsáveis pelo desenvolvimento da teoria marxista, que estuda e analisa as relações socioeconômicas entre as classes sociais e seus conflitos, que, apesar de pertencerem ao século XIX, ainda são pertinentes até os dias atuais.

Os autores explicam a exploração do proletariado através do materialismo dialético e histórico, passando por toda história da humanidade em busca do entendimento das relações entre trabalho e produção e sobre a luta de classes. Nesse sentido, compreende-se que existe uma disputa histórica entre classes sociais condicionadas à produção material, onde o proletariado executa formas de trabalho alienado e a burguesia disfruta dos lucros.

Analisando a questão do trabalho alienado, pode-se explicar esta como a relação do trabalhador e o produto, que no final são vistos como a mesma coisa. Para o mercado, o trabalhador não passa de um objeto, que se vê alheio ao que ele mesmo produz, pois, não tem acesso a sua produção. Apesar disso, as empresas tentam enganar o trabalhador, fazendo ele acreditar ser parte importante da companhia, estipulando metas, presenteando com “lembrancinhas” e os denominando “colaboradores”.

A princípio, isso parece algo interessante, talvez uma forma de humanizar o trabalhador. Contudo, não passa de uma manobra modesta de alienação. Segundo o dicionário, “colaborador” significa que ou o que colabora ou que ajuda outrem em suas funções. Acontece que, o trabalhador não “ajuda”, ele trabalha, e não deve nunca esquecer disso. Ele está vendendo sua força de TRABALHO, e não “colaboração”, até porque, quando se trata da Mais-valia, diferença do que é pago e do que a pessoa produz, o valor nunca é colaborativo.

Em suma, apesar de parecerem inocentes, a burguesia cria sinônimos e artimanhas para nos manter cada vez mais em nossas posições, sem reclamar, apenas agradecendo as pequenas migalhas que nos são ofertadas.

 

Kamilli Gabrieli de Souza Teixeira

1° ano Direito, Noturno.

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