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domingo, 15 de abril de 2018

Num solo pedrogoso e repleto de ideias hegelianas, as quais são baseadas na síntese proveniente da oposição de conceitos, está depositada uma semente. Esta, ao ser embebida nas águas do ideário do socialismo  científico, com a práxis -ação efetiva- dele advinda, consegue, enfim, quebrar a casca representada pelo ordenamento social, o qual privilegia a burguesia e, de baixo para cima, brotar. Assim nasce o movimento social, faceta proeminente da teoria marxista nos dias atuais e que luta por mudanças no Direito de forma que este atenda aos anseios populares.

O baixo teor de granulação do solo hegeliano deve-se à extrema abstração de suas ideias – pautadas no vocabulário rebuscado e, portanto, inacessível aos proletários, classe social necessária para a realização de uma mudança social e estrutural legítima e efetiva a fim de mudar as péssimas condições de vida dos próprios trabalhadores. Eles, que vendem suas forças de trabalho a fim de sobreviverem, agem buscando o preceito mínimo dos direitos humanos: a dignidade da vida.

A revolução proletária, a ser realizada após a conscientização dessa classe, algo a ser feito pela efetivação do direito ao acesso universal à educação, é o único meio pelo qual, segundo Karl Marx, haveria a isonomia social de fato. Assim, é necessária a luta de classes- em que os trabalhadores, com sua nova vertente de pensamento, se chocam com as ideias burguesas de manutenção dos privilégios dessa classe que lucra por explorar a mão de obra do proletariado- seguida da ditadura dos trabalhadores, na qual o Estado se apropriaria de todas as propriedades a fim de promover um regime de cooperação em que todos teriam acesso igual a todos os bens materiais e imateriais necessários à vida. Na última etapa o Estado, já internalizado na consciência de cada indivíduo, é finalmente extinto como instituição, o que acaba com toda e qualquer forma de opressão e desigualdade.


Júlia Salles Correia.- Turma XXXV de Direito. Turno matutino.

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