Há anos vem sendo discutida a
questão de cotas nas Universidades Públicas do país. Diante do muitos
argumentos, contrários e favoráveis, sobre tal medida, nenhum se mostrou tão
eficaz quanto à imagem acima. Nela foi explicitada a disparidade entre os estudantes
brasileiros provenientes de escolas públicas e particulares, o sistema meritocrático impõe essas escadas.
Entretanto, o problema envolvido
nessa questão ultrapassa o caráter social da diferença de classes, pois a
grande maioria dos estudantes que tentam subir a escada da esquerda é negra. O
racismo no Brasil foi perpetuado desde o período da escravidão até hoje;
diariamente negros por todo o país são discriminados, tirados como ladrões e marginais,
porque o sistema realmente os marginalizou. Depois de libertos em 1888, os
negros brasileiros não tiveram nenhum tipo de auxílio para se estabelecerem
dentro da sociedade e, assim como o racismo, esse descaso foi se enraizando.
Fruto da luta do movimento
estudantil e do movimento negro, as cotas mostram o caráter social e
emancipador que o Direito possui, pois seria economicamente interessante que
parte da sociedade já fosse destinada, desde embrião, aos trabalhos que ninguém
quer realizar, porque são desvalorizados, seria conveniente se a filha da
doméstica fosse doméstica e, a filha da médica, médica.
Essa mudança de quem ocupa as carteiras dentro das Universidades mexe nas estruturas da sociedade e tapa, minimamente, o buraco deixado há mais de cem anos. Deste modo, aliado às lutas populares, o Direito mostra-se contrário ao engessamento e ao tradicionalismo com os quais sempre é comparado e, trabalha à favor das causas sociais, pelas quais sociedade clama.
Beatriz Carvalho- Noturno 1o ano
Essa mudança de quem ocupa as carteiras dentro das Universidades mexe nas estruturas da sociedade e tapa, minimamente, o buraco deixado há mais de cem anos. Deste modo, aliado às lutas populares, o Direito mostra-se contrário ao engessamento e ao tradicionalismo com os quais sempre é comparado e, trabalha à favor das causas sociais, pelas quais sociedade clama.
Beatriz Carvalho- Noturno 1o ano
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