No
artigo “Poderá o Direito ser emancipatório?”, Boaventura de Sousa Santos apresenta
o fascismo social, que se caracteriza pela presença de uma minoria de grupos
dominantes que buscam sobrepor-se com relação a outros grupos, tentando também,
com isso, promover seu modelo econômico, e pela existência de uma grande parte
da população excluída que tenta se encaixar na sociedade. Assim, tem-se uma
sociedade tendenciosa à homogeneização. A partir desse contexto, Boaventura
discorre sobre o Direito como um meio de emancipação social, procurando
entender como, através do Direito, podem-se incluir aqueles que estão excluídos
da sociedade e, consequentemente, diminuir a desigualdade social.
No caso da instauração de cotas
raciais na Universidade de Brasília (UnB), tem-se o exemplo no qual o Direito
foi utilizado como uma forma de emancipação social. E, apesar dos pedidos do
Partido Democratas para que se suspendessem as liminares das ações que
derivaram nas cotas, afirmando que elas são inconstitucionais, o STF julgou a
favor das costas e indeferiu o pedido do partido. A manutenção das cotas é
tanto uma forma de reparação das injustiças tidas durante o período da
escravidão e das decorrências desse período quanto como uma
maneira de buscar uma maior inclusão social dentro dos cursos superiores e
diminuir a desigualdade social existente.
Camila Teixeira, Direito Diurno, 1º Ano.
Camila Teixeira, Direito Diurno, 1º Ano.
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