“O Manifesto
Comunista” foi realizado por Marx e Engels, no século XIX, a pedido de comunistas
de toda a Europa. Nele é realizada uma profunda análise crítica do capitalismo,
desde seu surgimento, passando pelo seu modo de produção e detectando suas fraquezas.
No Manifesto a burguesia é afirmada como classe revolucionária, classe que
surgiu das entranhas do feudalismo e que conseguiu revolucionar modo de
produção. A partir disso, o proletariado é colocado como classe ‘predestinada’,
classe que tem como destino incorporar revolução burguesa e ir além, produzir
novo modo de viver, onde não haja limitações para o desenvolvimento.
Contudo, assim
como toda ideologia existente, o Manifesto possui suas consideráveis falhas. Para
conseguir se impor, o capital cria condições que atraem as mais diversas
pessoas à sua sociabilidade, difunde ideias para sua autoafirmação, e toma
vantagem daquela que é uma das principais características da sociedade, o fato
de que “a história de toda sociedade até hoje (ser) a história de luta de
classes”. Do fato de que a oposição entre dominados e dominantes ser uma
espécie de tendência histórica na sociedade de difícil dissolução, de sempre
haverem homens que na história usaram de seu poder, sendo ele temporário ou
permanente, para subjulgar outros homens.
O socialismo
pode até ser uma ideologia que em um futuro perdure, mas sua tarefa não será de
fácil execução. É necessária a quebra de certas ingenuidades, a análise da
realidade tal como ela é, não como deveria ser, não como era na época de Marx. Só
com maturidade ideológica e união da sociedade é possível se alcançar o objetivo
final do Manifesto, que "Em lugar da velha sociedade burguesa, com suas
classes e suas oposições de classes, surge uma associação na qual o livre desenvolvimento
de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos".
Fernanda dos Santos Nogueira - 1º Ano Noturno
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