A obra Manifesto Comunista de Karl Marx, pode ser de certa
forma considerada um texto didático, pois buscava disseminar a essência do
comunismo de maneira a universalizá-lo, esclarescendo-o para classes de
operários, exilados, etc. Trata-se da emancipação do homem em relação à
natureza, às suas próprias condições, compreendendo a essência do modo de
produção capitalista, que manteria-se a mesma com a instauração do comunismo.
Marx observa a constante evolução da ciência que acaba por
gerar uma compressão das dimensões(espaço, tempo, etc.) de maneira permanente.
Analisa então a questão da Destruição Criativa, que representa o título dado a
esta análise, trecho da obra de Marx.
Marx converte ainda a ideia de “utopia”(até então entendida
como um lugar no qual as pessoas compartilhavam os bens entre si) em uma característica
política, que seria o movimento comunista. Coloca ainda seu discurso sobre a
história apresentando que ao longo dela tinha-se o contrário a ideias de
irmandade e fraternidade, visto que a sociedade encontrava-se permanentemente
dividida entre opressores e oprimidos.
Retomando a questão da destruição criativa, observa que no
modo de produção analisado destrói-se o que foi criado para ampliar a
dominação, confrontando-se sempre o “dever ser”, sendo esta maneira de produção
inaugurada pela burguesia. Busca-se sempre uma superação de limites, conforme
foi feito com o liberalismo sobre o sistema autoritário, de maneira
revolucionária.
Apresenta a burguesia o capitalismo como a libertação das
forças produtivas, ampliando-se capacidades, trasgredindo permanentemente
dimensões como espaço e tempo de forma objetiva. Há ainda uma possível relação
entre Marx e Bacon, no que tange a ideia do último de que “Saber é Poder”, pois
ambos defendem, de certa forma, o uso do
saber, da ciência, como forma de dominar, seja a natureza, seja o mundo.
A destruição criativa mostra-se essencial à medida que a
ciência evolui, pois determinados objetos, meios de produção, instrumentos,
tornam-se obsoletos conforme o surgimento de novos meios,instrumentos, objetos.
Marx apresenta ainda as contradições da classe burguesa, que
seriam: a expansão da capacidade produtiva seguida de uma limitação da
capacidade de seus principais sujeitos; sua pretensão global; sua
insustentabilidade, pois busca explorar o proletariado em escala global, o que
torna a “margem” da sociedade cada vez maior, até que em um momento apenas uma
classe se aproprie da civilização. A solução seria, segundo o autor, converter
as forças produtivas a favor dos principais sujeitos destas, ou seja, a favor
do operariado, de forma a fortalecer as forças de produção, continuando a
operar de forma global.
Concluindo, Marx defende a utilidade do sistema burguês,
porém apresenta soluções para as contradições deste, a partir da passagem das
forças produtivas às mãos do operariado. Apresenta tais informações quase como
um “manual de instruções” às classes que deveriam tomar liderança no manifesto
comunista para obter os objetivos por Marx delimitados.
Mayara P. Michéias- 1º ano Direito Diurno UNESP
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