Total de visualizações de página (desde out/2009)

domingo, 15 de setembro de 2013

O rompimento dos grilhões feudais

Superando o feudalismo, com a produção industrial monopolizada por corporações fechadas, emerge a classe burguesa em meio às ruínas feudais para suprir a demanda dos novos mercados através da manufatura. No entanto, na análise marxista da situação, não houve uma abolição do antagonismo de classes, sendo estabelecidas apenas novas classes, dando continuidade, naquela mesma análise, à história da sociedade como sendo a da luta daquelas.
No decorrer do tempo, a manufatura como modo de produção passou a não ser mais suficiente e eficiente nas novas condições mercadológicas capitalistas, surgindo assim a máquina a vapor revolucionando a indústria. Além disso, os meios de produção e troca feudais dão lugar à livre concorrência, e assim como Marx coloca que “a burguesia não pode existir sem revolucionar”, substitui-se a exploração marcada pela religião e política pela exploração aberta.
É característico da sociedade burguesa arrastar as nações para a civilização, compelindo-as a adotar seu modo de produção, criando um mundo à sua imagem, como coloca o sociólogo. Desta forma, a indústria moderna estabeleceu um mercado mundial quebrando as fronteiras naturalmente impostas,  criando uma civilização global através da necessidade de instalação das relações de mercado em todos os lugares. Ocorre uma interdependência universal devido ao fato de as antigas necessidades nacionais serem supridas por outras se fazendo necessária a busca de matéria prima em outros lugares.

Em uma de suas críticas ao capitalismo, Marx coloca que a burguesia não deixou restar vínculo entre os homens a não ser o interesse pessoal, desprovido de qualquer sentimento. Além desta, critica a influência burguesa na política moderna, estando o executivo subordinado às suas vontades e, também, a questão da superprodução, chamando-a de epidemia. Por conseguinte, estaria criando as “armas que trazem a morte para si própria”, acreditando o autor na superação do capitalismo pelo operariado, com suas elevadas jornadas diárias, baixos salários, aumento de trabalho exigido, mais valia e divisão sistemática do trabalho. Concentrando-se então suas forças e crescendo as massas para que a revolução novamente ocorra. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário