O Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels
propõe uma análise do modo de produção capitalista, assim como investiga o
processo de dominação de classes. Além disso, a obra pode ser considerada mais
que um chamamento de lutas aos operários, sendo um esclarecimento do momento
histórico em que se vivia,ou seja, uma interpretação do mundo sob os moldes do
capitalismo.
A análise desse sitema de produção, celebrado por meio
da descrição da modernidade na obra, é tão atual que podemos transferí-la para
a contemporaneidade. O capital aliado à técnica e à ciência se transportou para
diversas regiões do mundo, a partir da sua necessária "força motriz":
a busca por novos mercados. A expansão das relações de mercado, dessa forma,
figurou-se em escala global.
As contradições, que esse meio de produção acarreta,
também não ficaram de fora dessa tal expansão global. Ocorre que a dominação de
classes, por sua vez, também se fez em perspectiva global. Cria-se, portanto,
uma espécie de interdependência mundial, ao contrário do que antes se via: a
"antiga reclusão e auto-suficiência".
Dessa maneira, surge uma ideia cosmopolita de
sociedade, vê-se no capitalismo uma vocação para o mundo, ideal para todos os
lugares. O operariado que surge também em todas as partes do mundo, já nasce
com a missão de conclusão da história de luta de classes. Essa missão também é
transportada, na visão de Marx e Engels, por meio da modernidade, que segundo
eles está a favor do operariado.
A análise do modo de vida da época nessa obra é extremamente
útil para iniciar uma análise da conjuntura social vigente. Além disso, pode-se
verificar que a modernidade, utilizada de forma adequada pela classe que
realmente poderá romper com o capital, livrando-se das amarras dos costumes, da
moral, e até mesmo da religião imposta, e ao contrário do senso comum, que a vê
também como fonte pura de alienação, contribuirá para a finalidade consagrada
por Marx e Engels.
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