O Manifesto Comunista, de Karl Marx e Friedrich
Engels, critica o modo de produção capitalista e a maneira como a sociedade se
construiu a partir dele, destacando a burguesia como classe opressora sem
desconsiderar o seu papel na modificação da ordem antes vigente, monárquica e
de caráter religioso. A burguesia, pois, ao implantar a consciência de
liberdade econômica fomentou a competitividade, o lucro e a ascensão social,
causando desigualdades sociais e a exploração de classes menos favorecidas. Desta maneira, o operariado como uma mera classe trabalhadora se via em constante
desvantagem perante o seu empregador, o qual sempre obtinha um ganho maior de
capital sobre a sua força de trabalho.
Marx e Engels propuseram, diante dessa desproporção
econômica, a luta de classes conduzida pelas massas operárias cuja força, à
visão deles, adviria da união e da organização dos proletários na busca pelos
seus direitos salvaguardando o interesse da maioria contra a opressão de uma
minoria. Assim seria o caminho pelo qual se chegaria a uma sociedade sem
classes e desigualdades, onde não existiria mais a propriedade privada.
Os autores do Manifesto Comunista teorizaram sobre
como se conseguiria uma sociedade mais justa do ponto de vista econômico e
social, a partir das relações trabalhistas sem a distinção empregado/empregador.
Questionaram o sistema capitalista, e criaram princípios a serem seguidos a fim
de substituí-lo pelo sistema comunista.
João Paulo Gabriel Braga de Oliveira. Direito Noturno.
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