Com base em uma perspectiva
histórica, a situação social do Brasil se mostra extremamente
desigual. É indubitável que o
passado escravocrata e a falta de políticas igualitárias causou
piores condições para determinadas pessoas e enraizou uma
mentalidade preconceituosa e discriminatória, que ainda sim,
permanece no Brasil. Com isso, o país sofre com a desigualdade
social e alguns, com as ínfimas chances de ascensão, oportunidade,
ambição, e herança social, cultural e política. Nesse âmbito,
considerando o lento progresso político, a corrupção e a falta de
consciência social dos indivíduos, as cotas veem como uma forma de
tentativa de aquisição de princípios mais juntos e da juridicidade
dos mesmos. Ao observar a discrepância de ensino oferecido nas
escolas públicas e privadas e a tipologia e etnia de pessoas
estudantes dos mesmos, confere-se as cotas uma metida emergencial
extremamente necessária na busca da igualdade.
Ao
buscar uma maneira eficaz para tal aquisição, é certo considerar
que a melhor medida seria o máximo
investimento na
educação, oferecendo assim, alto e igual ensino para todos,
independente de cor, escola
ou condição
econômica.
Todavia, sabe-se que tal estado
é uma idealização frente
as condições do país.
As
cotas promovem mudanças sociais, é indubitável a gama de pessoas
que são ajudadas com o sistema. Concomitantemente, este é evoluído
para que o máximo de grupos necessitados tenham espaço no sistema,
assim deve-se trabalhar para isso, a integração de todos eles, até
que o sistema seja justo e tal medida não mais necessária. Em
suma, relacionando com o prisma de Boaventura de Souza Santos, as
cotas contribuiriam para a mudança da realidade material dos negros,
trazendo assim uma ascensão econômica e a diminuição da
segregação racial. A
institucionalização das cotas e o Direito
é meio de mudança social e democratização do
país.
Maria Helena Gill Kossoski
1° ano Direito - diurno
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