Karl
Marx e Friedrich Engels desenvolveram juntos, um método científico, o
materialismo dialético, que permite a compreensão da sociedade. Sua função é
acabar com o conflito de classes gerado pelo capitalismo, que é considerado uma
contradição em si próprio por acentuar a desigualdade social e criar a
possibilidade de revolução da classe operária contra o próprio sistema.
Através
do estudo do real, da experiência histórica, a dialética compreende o concreto.
Isso a diferencia da dialética hegeliana, que cria concepções e, a partir delas,
interpreta a história; Engels acredita que essas concepções podem levar a
ideias falsas, que não correspondem à realidade social.
Ao
analisar sua época, em que as máquinas regravam a produção, diminuía o número
de trabalhadores e a competição era cada vez mais intensa, Marx e Engels
concluem que são os modos de produção que definem as relações sociais, como as
instituições políticas, jurídicas e ideológicas.
Estas
relações, para eles, devem ser analisadas como um todo em constante movimento,
possuindo conexões entre si; acreditavam que a fragmentação comprometeria a
objetividade. Superam, assim, a filosofia, que visualizava apenas o objeto,
como algo fixo e imutável.
O
socialismo aparece, assim, como uma ciência, considerado por Engels o resultado
necessário da luta entre a burguesia e o proletariado. Diferente do socialismo
utópico, o socialismo moderno compreende e consegue explicar o modo de produção
capitalista; passa, portanto, a ter a função de investigar o capitalismo, processo
histórico econômico que criou a divisão de classes e sua luta, buscando formas
de solucionar estes problemas acabando com as diferenças.
Letícia Solia
1º ano - Direito diurno
Nenhum comentário:
Postar um comentário