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domingo, 29 de setembro de 2013

 
   Em sua obra ''A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo'', o alemão Max Weber descreve o que é chamado espírito do capitalismo, presente nos Estados Unidos e em países da Europa Ocidental, que possuíam uma estrutura capitalista moderna.
   De acordo com Weber, a ética cultural, relacionada ao ''espírito de acumulação'' foi o fator transformador que desencadeou o capitalismo, como ocorreu nas colônias da Nova Inglaterra. Desse modo, o sistema capitalista se originou do modo de vida de um grupo de homens, invertendo a proposição de Karl Marx, segundo o qual o ''espírito de acumulação'' seria superestrutura de situações econômicas.
   Buscando entender como a mudança do modo de produção ocorreu e em que momento há essa transformação, Weber afirma que a natureza mais forte desse processo foi a racionalização com a perspectiva de dominação do mundo. Tal racionalização surgiu com a ética protestante dos calvinistas, que dinamizou uma burguesia embrionária, ainda dominada, afirmando que, ao contrário do que prega o cristianismo, a espiritualização não é importante, mas sim a exteriorização dos sinais de graça, pois quanto maior a riqueza, maior o indício de predestinação.
   Ainda de acordo com Max Weber, o espírito do capitalismo é pautado no trabalho árduo, na moderação e no não consumir e aproveitar a vida. Além disso,  teve como principal oponente a tradição, pois o homem não desejava ganhar cada vez mais, e sim apenas viver como estava acostumado recebendo o necessário para isso.

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