Ética para os escolhidos
Weber analisa a ética protestante influenciando o ocidente com sua moral prática e racional entendendo-a como elemento propulsor do espirito capitalista. Tal espirito não se caracteriza no sentido material, mas no sentido de uma ética do trabalho árduo e do ascetismo da ética protestante. O capitalismo se beneficia destes elementos pois traz consigo uma forte racionalização do mundo, para aproveitamento de recursos e desenvolvimento da ciência e tecnologia.
Podemos observar a mudança que o protestantismo trouxe consigo quando vemos o modo pelo qual o indivíduo é, para eles, escolhido por Deus, aqueles que tiverem uma vida próspera e riqueza são os escolhidos e possuem o modo de vida correto, já aqueles desprovidos de riqueza são detentores de um caminho errado que não lhes aproxima de Deus. O que vemos ser uma justificação religiosa para a desigualdade social, mas sabemos que essa desigualdade é própria de um sistema que beneficia aqueles que possuem condições de competir no mercado ou que através do conhecimento consigam gerar riquezas, e os que despossuídos de condições para participar do mercado e despossuídos, de várias formas, do acesso ao conhecimento estarão realocados em postos de trabalho de baixa remuneração.
Sendo assim, a racionalização que a ética protestante trouxe conjuntamente com o capitalismo garantem o benefício de uma certa parcela de indivíduos que adotaram este modelo, em detrimento de uma outra classe que desprovida de certos meios para se alcançar esta competitividade no jogo capitalista continuam a empobrecer e sofrer as mazelas de uma condição socioeconômica baixa.
Renan Rosolem Machado - 1º Ano Direito Diurno
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