Max Weber faz uma análise sociológica sobre a influência do capitalismo em sua obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo”. Ele analisa as mudanças ocorridas na sociedade a partir do declínio das normas da Igreja Católica e a ascensão dos valores burgueses, como, por exemplo, a usura.
A partir do surgimento de uma nova
religião cristã, o protestantismo, transforma-se a análise daqueles que são
escolhidos por Deus para ocupar o paraíso de pessoas humildes, que não ostentam
muito, que ajudam os outros para sinais materiais, como a o poder econômico. Aqueles
que fossem mais ricos seriam os agraciados por Deus, tendo conquistado essa
posição privilegiada a partir do próprio trabalho, ou seja, pela primeira vez,
a força do trabalho é vista como algo positivo, motivo de exaltação e orgulho.
Essa valoração do trabalho e os
sinais recebidos se encaixavam perfeitamente na ideologia burguesa, uma vez que
essa classe procurava um meio para atingir seus objetivos sem, contudo,
desrespeitar a vontade divina.
Weber faz uma análise que não vai
diretamente contra às proposições marxistas, contudo, ele acrescenta fatores
para a dinâmica social, como por exemplo o fator religioso, enquanto Marx
apontava ser o fator econômico o responsável por todas as transformações sociais.
Ele também percebe que a relação do
homem com os fatores naturais também sofre grande modificação, como na célebre
frase de Benjamin Franklin “Tempo é dinheiro”, o homem burguês passa a ter
controle até mesmo sobre o tempo, controlando seu operário, acrescentando a
todo momento capital e lucro para o seu negócio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário