Na obra, “A ética protestante e o espírito
do capitalismo”, Mar Weber interpreta o capitalismo de um ponto de vista
diferente do tradicional (econômico), observando a formação histórica do padrão
de comportamento capitalista.
Este padrão comportamental iniciou-se como
um comportamento religioso daqueles que eram calvinistas, que acreditavam que
se trabalhassem cada vez mais enquanto vivos e lucrassem sem, no entanto,
esbanjar este lucro, receberiam a salvação ao morrer. A prosperidade de seus
negócios provariam, portanto, sua salvação. A partir do momento que os
comércios que pertenciam a protestantes passaram a ser mais produtivos que
outros, o trabalho, meramente pelo trabalho, que antes gerava estranhamento, passou
a ser comum na sociedade (não mais mentalidade apenas do calvinismo, mas também
do capitalismo).
Até os dias de hoje, o modelo capitalista
indica que se deve trabalhar o máximo possível para receber mais, tornando o
trabalho uma forma de enriquecimento e não de subsistência, como havia sido
durante os modelos econômicos anteriores (por exemplo, o mercantilismo).
Mantemos, portanto, o modo de produção capitalista iniciado pelos protestantes
baseada em 4 racionalizações: contábil (separando os bens da empresa dos bens
do individuo); jurídica (segurança jurídica da racionalização contábil, que
garante que investimento não será perdido por motivos alheios); cientifica
(aproveita avanços da ciência para magnificar sua produção) e do homem
(desenvolvimento da conduta esperada pelos trabalhadores para alta
produtividade).
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