Na introdução de
sua obra, Max Weber nos mostra diversos exemplos de como a cultura ocidental,
no que diz respeito à evolução, desenvolvimento e edificação de seus pilares, é
dominante à cultura oriental, mesmo que, muitas vezes, em diversos aspectos, sobre
diversos ramos, a primeira tenha se utilizado da segunda como seu
compartimento. Exemplos como conhecimento na Arquitetura, Música, Ciência,
maneira como o Estado se organiza e se expõe na sociedade regida, etc. são os
principais utilizados pelo autor para nos mostrar essa dominação.
Como
maneira a introduzir-nos no assunto do capitalismo, Weber também nos explicita
sua interpretação de realidades tangidas por esse sistema econômico-financeiro.
É-nos dito que, primeira e diferentemente do que o senso comum pensa ser, o
capitalismo não é o responsável pelo nascimento de um ímpeto irrefreável por
lucro. O capitalismo é, na realidade, a limitação da ganância irracional do
homem. Segundo Weber, a ação econômica capitalista nada mais é do que a
possibilidade de lucro, ou seja, de maneira pacífica e racional, a esperança
pela obtenção do lucro.
Dentro da lógica capitalista,
segundo Weber, temos que, caso um trabalhador de trocas e vendas não se adapte à
lógica capitalista, será eliminado da sociedade mercadológica, pois, sabendo
que, como supracitado, o capitalismo nada mais é do que uma esperança por
possibilidades de lucro, uma vez que o comerciante não visa essa balança
favorável de seus negócios, não há, para o sistema capitalista, a base
fundamental e primeira do motivo pelo qual ele se tornou comerciante.
Numa análise sobre a modernidade do
capitalismo, Max Weber nos mostra a existência de uma profunda influência da
religião. Para a edificação do capitalismo moderno, as doutrinas religiosas,
como a crença protestante, faz surgir um modus
operandi das relações sociais.
Quando se diz “influência de
religiões” para o desenvolvimento do capitalismo, tem-se que se ressalvar que a
religião pioneira nessa conjuntura foi o calvinismo, a chamada religião
protestante. Ao analisarmos mais profundamente a influência do catolicismo na
desenvoltura aqui explicada e analisada, vemos que este é responsável pela
criação da mentalidade de que a usura é pecado, ou seja, o excedente de capital
tanto necessário para existência das relações comerciais e, portanto, das
relações capitalistas, é considerado algo inapropriado para a evolução dos
laços sociais. Assim, se houve alguma influência do catolicismo no capitalismo
moderno, pode-se dizer que essa influência foi, de certa maneira, negativa.
A cultura mundialmente espalhada
católica modificou-se com o advento do protestantismo. A salvação divina, que,
segunda a Igreja Católica, era negada com a existência de usura, na Igreja
Protestante era conseguida com a obtenção de mais e mais lucro, este que era
visto como uma predestinação.
Assim, pois, a cultura, segundo
Weber, detendo as práticas da sociedade, é geradora de todos os possíveis novos
costumes que, mesmo sem a finalidade de quebrar dogmas e estabelecer uma nova
ordem econômica, no caso de uma análise socioeconômica de uma sociedade, passa
a sustentar o sistema capitalista.
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