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domingo, 29 de setembro de 2013

A ética como padrão de vida

A “ética protestante e o espírito do capitalismo” de Max Weber rompe a perspectiva Marxista do ideal de sociedade classista em oposição, porém não por negar exatamente tudo o que foi proposto por Marx, mas sim por analisar a forma do desenvolvimento desses grupos burgueses em núcleos específicos a partir de seu agir em sociedade. Apesar de a visão ocidental capitalista ter como símbolo de tal regime países como os Estados Unidos da América e a Inglaterra, seu histórico cultural-religioso comparado ao Brasil é muito distinto, o que gera certos obstáculos para entender os estudos de Weber. A formação protestante se distancia da visão católica (brasileiros); essa visão distante se dá pelo modo de ver o capital cultural e religiosamente.

Os grupos calvinistas se destacam pela nova racionalidade que dão ao capital. Toda a ação do homem capitalista que buscavam ser tinha um fim em si mesmo e não se firmavam apenas pela ânsia econômica. Racionalização nos âmbitos: contábil, científico, jurídico e do próprio homem. Essa novo modo de agir, se desprendendo de vícios mundanos focados na predestinação divina, tornava a vida calvinista próspera aos olhos da classe burguesa em geral despertando certa competitividade. 

A ética protestante é então firmada como o padrão de vida levado por esses burgueses em específico e sua universalização começa com a ida dos calvinistas para o novo mundo, a América.

Focando na racionalização do homem, item mais difícil da ética protestante, é possível perceber o confronto cultural intrínseco na distinta visão do trabalho entre um calvinista e um artesão por exemplo. O primeiro, não opera ferramentas, mas é dono do tempo de seu operário, pois paga por ele, buscando aproveitar ao máximo cada segundo em seu favor (gerando capital); o segundo é produtor e dono de seu tempo, porém trabalha objetivando seu sustento. Com pequenos exemplos, se faz notável a mudança de consciência que ocorreu inclusive a consciência de tempo. “Tempo é dinheiro” frase de Benjamin Franklin é prova dessa nova perspectiva do capital racional.

Joingle Raphaela do Carmo Viotto- Direito Diurno

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