O filme Ponto de Mutação, estreiado em 1989, aborda uma tematíca compatível com as discussões sociais dos dias atuais. O diálogo travado com os espectadores objetiva, sobretudo, o reconhecimento da sociedade em geral para construção de uma "nova visão do mundo", frente às exigências das questões sociais.
O pensamento degmático baseado exclusivamente na ciência é avaliado na trama como responsável pelo predomínio da visão unipolar do homem moderno, o qual cultua o posicionamento a respeito dos ideias, dos valores, e das instituições de forma isolada. Assim esse pensamento mecanicista, também pode ser verificado na espinha dorsal do sistema político moderno, que visa atingir resultados a curto prazo e desconexos com os diversos assentos da sociedade.
O fato é que a desconectividade dos problemas humanos resulta na identificada " crise de percepção", na qual os sistemas não encorajam a prevenção, mas a intervenção. Ou seja, estabelece-se soluções por diversas vezes drásticas, absurdas e até mesmo incompatíveis com os Direitos Humanos para remediar uma situação que poderia ser evitada. Os sistemas públicos de saúde e de educação, o tratamento de dependentes químicos e as mobilizações dos movimentos sociais, por exemplo, passam por essa crise.
A busca de uma " nova visão do mundo", explorada pelo filme, torna-se cada vez mais atual na modernidade diante da necessidade do homem em superar o pensamento destrutivo, distante do ideal de coletividade. Essa superação, por sua vez, deve ser conduzida a partir da percepção da interdependência homem/natureza da construção de ciência mais abrangente, da responsabilidade da pesquisa científica e da emancipação do conhecimento crítico.
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