O
filme faz-se em torno de um longo diálogo entre um político, um poeta e uma
cientista, diálogo este em que discutem o modo como são vistos os problemas e o
quão precipitadas são as soluções devido ao jeito que as problemáticas são
encaradas.
A
cientista pronuncia-se com maior frequência que o político e o poeta que acabam
sendo ouvintes e, vez ou outra, questionadores das assertivas da mulher. Esta,
por sua vez, questiona de forma veemente a eficácia da visão intensamente
fragmentada, afirmando que para a verdadeira resolução dos problemas vigentes
faz-se necessária uma análise holística das coisas.
Ao
afirmar a inutilidade da total fragmentação do pensamento, nota-se a crítica ao
método cartesiano, entretanto a cientista não despreza em totalidade a
ideologia de René Descartes, muito pelo contrário, afinal não há discordância
quanto à necessidade da análise racional das coisas.
Todavia,
por meio de exemplos práticos, a mulher explicita que os problemas como a
subnutrição ou o desmatamento da Floresta Amazônica só não são resolutos devido
ao jeito com que são encarados, percebe-se a defesa da política da prevenção
por parte da cientista.
Nota-se
a introdução do pensamento ecologista e, acima de tudo, a ideia de que o homem
faz parte de uma sociedade e a sociedade, por si só, é a união dos homens sendo
necessário que a análise dos problemas e suas posteriores soluções sejam
realizadas com base em um pensamento holístico, que busque ser abrangente e
encare o todo e não só uma pequena parte deste.
Lucas Oliveira Faria - Direito Noturno
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