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domingo, 24 de março de 2013

O todo pela parte, uma mente por todas.


 Vê-se no filme “Ponto de Mutação”, baseado na obra de mesmo título de Fritjof Capra, uma análise crítica do modo de percepção ultimamente utilizado para o entendimento e posterior resolução dos problemas vigentes.
O filme faz-se em torno de um longo diálogo entre um político, um poeta e uma cientista, diálogo este em que discutem o modo como são vistos os problemas e o quão precipitadas são as soluções devido ao jeito que as problemáticas são encaradas.
A cientista pronuncia-se com maior frequência que o político e o poeta que acabam sendo ouvintes e, vez ou outra, questionadores das assertivas da mulher. Esta, por sua vez, questiona de forma veemente a eficácia da visão intensamente fragmentada, afirmando que para a verdadeira resolução dos problemas vigentes faz-se necessária uma análise holística das coisas.
Ao afirmar a inutilidade da total fragmentação do pensamento, nota-se a crítica ao método cartesiano, entretanto a cientista não despreza em totalidade a ideologia de René Descartes, muito pelo contrário, afinal não há discordância quanto à necessidade da análise racional das coisas.
Todavia, por meio de exemplos práticos, a mulher explicita que os problemas como a subnutrição ou o desmatamento da Floresta Amazônica só não são resolutos devido ao jeito com que são encarados, percebe-se a defesa da política da prevenção por parte da cientista.
Nota-se a introdução do pensamento ecologista e, acima de tudo, a ideia de que o homem faz parte de uma sociedade e a sociedade, por si só, é a união dos homens sendo necessário que a análise dos problemas e suas posteriores soluções sejam realizadas com base em um pensamento holístico, que busque ser abrangente e encare o todo e não só uma pequena parte deste.

Lucas Oliveira Faria - Direito Noturno

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