Ao abordar a reflexão acerca dos limites da visão mecanicista na análise e resolução das situações por nós enfrentadas, "O ponto de mutação" nos leva a questionar quais foram os frutos provenientes de tal visão e a forma pela qual esta continua a nos influenciar em nossa forma de analisar o mundo a nossa volta.
Embora nos tenha sido útil na produção de grande parte do conhecimento sobre o qual nos apoiamos atualmente, tal visão demonstra-se limitada no que diz respeito à formulação de respostas aos desafios contemporâneos. Poder-se-ia considerá-la responsável pela crise de percepção tanto abordada no filme. Tal crise caracteriza-se pelo foco na análise das partes em detrimento do todo, causando o alienamento do homem perante a conexão entre as partes responsáveis pela construção de uma realidade muito maior, na qual encontramo-nos inseridos. A solução de tal crise se manisfestaria na resolução de inúmeros problemas que se apresentam nas mais variadas formas, desde casos relacionados à saude a casos referentes à economia, política, etc.
Portanto, uma vez conscientes de tal crise, somos capazes de adotar uma nova perspectiva que corresponda aos anseios de um mundo que se apresenta cada vez mais dependente do bom funcionamento das partes que o compõem. Logo, nota-se a relação de interdependência existente entre estas partes, e finalmente, nos apercebemos de que parte e todo não são objetos isolados, mas interrelacionados, componentes de uma realação mutualística essencial para o bom funcionamento da realidade da qual somos parte.
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