Com o avanço da ciência e dos meios de produção, tem-se uma racionalização dos métodos, racionalização esta que assumiu um âmbito ainda maior ao longo do tempo. Assume-se assim, a partir da revolução industrial, uma importância ainda maior a ciência e a busca por respostas, por explicações, tornando dessa forma o estudo a fonte prima de conhecimento. Para ajudar nessa busca, surge e se desenvolve o ceticismo de Descartes, que passa a tornar a experimentação e a ciência algo inerte a opiniões, se apegando ao método.
Ao longo do tempo, tal método se disseminou e passou a fazer parte não só das ciências exatas, mas também das humanas, ironizando o próprio conceito de humanidade, uma vez que a busca seria em entender, e pensar em cada caso como um caso, já que as pessoas são diferentes irremediavelmente. Apesar disso, a racionalização atinge a forma jurídica e limita a relação de homem com homem, quebrando os pactos feitos antigamente, e os acordos de aperto de mão. Trocando o contato e a conversa por um simples e metódico contrato, que visa unicamente a equiparidade, sem levar em conta as reais necessidades.
Passou-se a limitar as relações jurídicas estabelecendo assim, a barreira criada pelo contrato, onde um acordo mostra quais as coisas que devem ou não serem feitas, e mostrando de forma fria o que seria o correto, apesar de não levar em consideração a individualidade dos casos.
O acordo se torna um facilitador, tem por objetivo igualar os contratantes e limitar os dois lados, para que erros não sejam cometidos. Visa estipular um ''manual'' de como as relações devem ser feitas, para tornar de forma objetiva as ações que devem ser tomadas, e dessa forma massifica as atitudes, e simplifica as relações assumindo a ideia de que todas as relações são iguais, e diminuindo o próprio conceito de justiça.
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