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domingo, 14 de outubro de 2012

O espírito do lucro capitalista

A partir do instante em que a capitalismo passou a imperar na sociedade ocidental (com as revoluções industriais e a ética protestante do capitalismo) , as relações humanas se raciolanizaram, as trocas comerciais que antes, era realizadas entre os irmãos , ou entre os parentes, começaram a ocorrer com pessoas "desconhecidas". Parte daí, o surgimento das relações de comércio modernas, que prezam acima de tudo, o lucro individual.
Com a valorização do capital nas relações, o número de contratos aumentou significativamente, isso pois, numa sociedade moderna, guiada pelo capitalismo, o lucro em excesso é o que todos querem.  
Em contraposição ás sociedades modernas, na Antiguidade as trocas comerciais eram realizadas entre os parentes, e acima de tudo, valorizava-se as qualidades das pessoas. Pois era com o corpo que as pessoas pagavam seus erros, como a escravidão. 
Diferente dessa realidade antiga, tem- se a moderna, na qual as pessoas pagam pelos seus erros com seus bens, o que pode acarretar uma descrença na justiça, ou até mesmo um medo menor na punição, já que a fiança será paga com dinheiro e não com o corpo daquele que cometou o ato. 
Outra questão que mudou com a racionalização das relações comerciais foi a perda de relevância da índole, da religião e dos aspectos morais das pessoas. Isso pois, não há mais uma preocupação com aquele com quem se faz um negócio, mas apenas se o contrato será lucrativo. Um exemplo são empresas que produzem armas e em seguida as vendem, sem nem se importarem para que serão usadas. Tal situação é exemplificada no filme "O senhor das armas", nele o empresário produz armas, mas nem se importa que ela são usadas em massacres em regiões de conflitos em países na África.  
Situações como essa são resultados não só da racionalização dos contratos, mas tambéim da perda de valores morais da sociedade. Pois, segundo Frei Betto, a sociedade moderna não tem mais o Estado, a escola, a religião e a família como bases que guiam as atitudes mais corretas para o homem. 
Dessa forma, deixa-se tomar pelo espírito avassalador do lucro capitalista, perdendo a compaixão pelo outro. 

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