Segundo
Friedrich Engels, devemos buscar soluções na história, preterindo as ideias.
Caso façamos isso, encontraremos exemplos de solução em sociedades indígenas,
nas quais o sistema capitalista não era ativo e muito menos fazia sombra ao
modo de produção vigente nas aldeias. Nesse lugares, embora houvessem rituais
de passagem que poderiam ceifar a vida de alguns integrantes da tribo, cada um
tinha seu papel na economia, se é que podemos chamar assim o que eles
desenvolveram para sua sobrevivência, com pessoas coletando e outras caçando.
Contudo,
imaginar que não existia luta de classes é irreal. Como Engels diz, apenas nas
sociedades primitivas isso não existia. Apesar disso, nessas sociedades tidas
como “primitivas”, a briga pelo poder, por quem iria ser o chefe sempre
existiu, sendo possível caracterizar duas classes, as dos dominados e a dos
dominantes, semelhantes ao proletariado e a burguesia, que foi o modelo
instituído por Engels.
É
possível a solução, a pacificação dessa guerra entre as classes? Dificilmente.
Quem está no topo da pirâmide social não quer vê-la como uma linha, tal qual a
do horizonte. Assim como quem se encontra na base, passando fome, sendo
explorado pela classe dominante não aceitará sua permanência no alicerce da estrutura
social. Enquanto continuarmos mantendo tal estrutura, a tendência é que aumente
a quantidade de pessoas passando fome, sem ter o que vestir nem ter onde morar.
Apesar
de parecer, a solução não é o socialismo, muito menos o capitalismo. Devemos tomar
como base um sistema no qual seja dado a cada um o que cada um merece e que
necessita, mas sem deixar faltar o necessário, garantindo ao menos uma vida
digna a toda a sociedade inserida em tal sistema.
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