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domingo, 4 de maio de 2025

A Uberização do Trabalho sob a Ótica de Karl Marx: Reconfigurações do Capitalismo Contemporâneo.

Nas ruas da pressa sem fim,
passos se cruzam, mas nunca se olham.
Guiam-se apps, promessas e trilhas,
vidas à venda por cinco estrelas.

Sem crachá, sem chão, sem abrigo,
o corpo é empresa, o suor é recibo.
Montam-se rotas com horas quebradas,
e o tempo? É lucro—jamais jornada.

Um homem entrega, uma máquina manda,
a fome no bolso, o sonho na manga.
Sem férias, sem voz, sem linha segura,
é livre o contrato, mas cega a estrutura.

A cada corrida, um laço apertado,
em nome do "novo", o velho explorado.
Um like, um toque, um nome apagado,
quem dirige o carro não é lembrado.

Chamam de "empreender", fingem progresso,
mas o capital só muda o endereço.
E a classe que move o mundo de fato,
segue invisível, cansada, no asfalto.

Laysa Pereira de Araújo - 1° ano (matutino)

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