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domingo, 13 de abril de 2025

o positivismo associado ao sistema educacional vigente.

  Auguste Comte ficou conhecido como o “pai da sociologia”, uma vez que foi o primeiro a sintetizar a necessidade de uma ciência social, tal como as ciências naturais, dedicando-se  ao estudo de leis que regem a natureza, de maneira semelhante às leis da física, assim, deu-se a origem da sociologia, conhecida, na época, como “física social”.

   Comte é o criador da filosofia positiva, essa que ganha o nome pelo seu aspecto palpável, concreto, que busca a valorização integral do racionalismo, do método científico e da sistematização. Ademais, o positivismo é percebido na sociedade brasileira até os dias de hoje, já que foi incorporado no corpo militar brasileiro em um contexto de organização para  a proclamação da Primeira República do Brasil, movimento liderado por pelas elites, que assegurou seus privilégios e valores.


  A partir disso, ainda é possível perceber aspectos positivistas no corpo social brasileiro, como em discursos meritocráticos, que sistematizam as pessoas com base em seus resultados quantitativamente, ignorando contexto e problemas estruturais, como por exemplo o processo de ingresso a universidades públicas, os vestibulares, que fazem sua seleção com base em um sistema de desempenho em provas, isso em um país no qual a desigualdade educacional cria uma lacuna imensa entre os alunos dependentes da educação pública falha e os beneficiados com o ensino particular, dessa maneira, a elite estudantil possui maiores vantagens nesse sistema de ingresso do que o resto da sociedade, assim, excluindo os estudantes marginalizados do ensino superior, e aumentando a disparidade social entre esses grupos, mantendo a “ordem” na qual os privilégios da elite são mantidos.

  

 Ainda em um contexto educacional, a supervalorização das ciências exatas e naturais vem de um contexto positivista, no qual ele hierarquicamente coloca os campos de estudo, subjugando o campo das humanidades pela sua subjetividade e por não serem “técnicas”. Ademais, a questão dos vestibulares vai além da exclusão da camada popular, mas também, em um contexto mais geral, faz com que as escolas voltem-se para o preparo do aluno para a conquista de um bom resultado nos vestibulares, não no crescimento e desenvolvimento crítico do aluno. Sendo assim, o sistema foca em depositar conteúdos objetivamente, deixando de incentivar a reflexão e crítica autônoma do indivíduo que está sendo formado.



Catharina Passos Tomasella- 1 ano direito (matutino)


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