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domingo, 13 de abril de 2025

Entre duas fases transitórias e o verdadeiro conhecimento: positivismo 



Minha vida devo a ti nesse mundo tão perdido, agradeço a minha salvação

Como a salvação desse mundo, prometo em você permanecer

Aceito de primeira todas as suas palavras, recebo-te no coração

Seu amor infinito irei corresponder

Frente sua imensa misericórdia, só lhe demonstro gratidão.

Entre todas as palavras as suas trazem o alvorecer.

 

Minha mente é completa, nela está todo o necessário

E se a maiêutica sigo, alcanço qualquer parte de meu imaginário.

Nesse plano nada é, aqui somete há uma mera sombra do real ser

Naquele outro é que está o ideal, e que o verdadeiro resolveu se estabelecer.

O mundo como um só, iniciou-se de uma primaria propulsão

E da matéria, da forma, da origem ou da eficiência a causa é entendida com maior compreensão.

 

Arcaicos e passageiros aram os antigos conhecimentos

Importantes em seu período, mas sem hoje embasamento.

Da análise dos fatos a evolução se constrói

E da permanência no passado a física social se corrói.

Compreensão da sociedade e sua movimentação

Levam-nos ao futuro e sua verdadeira compreensão.

 

 

Entre os três tipos de conhecimento, teológico, metafísico e positivo Auguste Comte apresenta o terceiro como a única maneira de prosseguir de forma certeira a garantir o progresso. Em especial ele traz o destaque para a física social, nele a sociedade se torna um objeto científico e de análise metódica e portanto nessa seria de extrema necessidade o uso do positivismo. A compreensão dessa possibilitaria a melhor preparação para o futuro. Porém será mesmo que sua teoria se mostra como real?

Quando olhamos a história e analisamos os diversos acontecimentos sociais que nela ocorreram e posteriormente lemos as notícias contemporâneas cresce o sentimento que não se aprendeu com o estudo da física social. Os mesmos preconceitos perduram, como o racismo, e antigas correntes eugenistas voltam a ganhar força no ano de 2025, a ideia de que com a filosofia positiva conseguiríamos estar melhor preparados para o futuro parece cair por terra.

Entre a desordem e ordem social dificilmente enxergamos que se aprendeu algo. Ao analisar eventos como guerras e genocídios mundiais passados e nos inteirarmos dos que hoje acontece no mundo, percebemos que, apesar de serem pessoas diferentes, ideias passadas se repetem em suas falas. Violências tidas antes como impossíveis de se repetirem na história se repetem. Assim permanece a dúvida, o que realmente se aprendeu com a análise social?

Maria Clara Moro Genesini, 1º ano de direito - período: noturno. 

 

 

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