O capitalismo, com sua ordem meticulosamente estruturada, tem mostrado, cada vez mais, que seu funcionamento perfeito é, na verdade, a perfeição da desigualdade; enquanto os mais ricos se tornam mais ricos, milhões de pessoas ao redor do mundo pagam o preço de um sistema que privilegia os poderosos. Na Palestina, por exemplo, uma ocupação violenta e a negação de direitos básicos continuam a sufocar um povo que luta por liberdade; as terras palestinas são tomadas, a dignidade é destruída, e a humanidade é reduzida a números em um conflito interminável.
Enquanto isso, no Brasil, um país com recursos abundantes, milhares de pessoas ainda passam fome; o capitalismo, ao invés de distribuir riqueza, concentra poder e riquezas nas mãos de poucos; as desigualdades aumentam, e a miséria se torna parte da paisagem cotidiana. Em um sistema que deveria produzir para todos, vemos a marginalização de uma grande parte da população, onde os mais vulneráveis são deixados à própria sorte, sem acesso a direitos fundamentais como saúde, educação e alimentação.
A pobreza e a fome no Brasil são reflexos diretos de um sistema econômico que prioriza o lucro em detrimento da vida humana; o capitalismo gera um ciclo vicioso onde os ricos se tornam mais ricos, e os pobres continuam a viver em condições sub-humanas. As empresas, que lucram com a exploração do trabalho e dos recursos naturais, não se importam com a destruição ambiental ou com as vidas que são ceifadas pela desigualdade. O sistema funciona para beneficiar a poucos, e isso é visto claramente nos conflitos como o da Palestina, onde a dignidade humana é ignorada para garantir a estabilidade de um império econômico que não conhece fronteiras.
A ordem do capitalismo está fora do mundo, ela cria um abismo entre os que têm tudo e os que não têm nada, e, enquanto os ricos mantêm seu status, o resto da população sofre com as consequências dessa ordem distorcida; as injustiças não são acidentais, mas sim estruturais, frutos de um sistema que não pretende resolver, mas perpetuar a desigualdade.
Rafaela Brito do Nascimento, primeiro ano de Direito noturno
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