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segunda-feira, 14 de abril de 2025

A desorientação moral no mundo moderno

 

Émile Durkheim, um dos fundadores da sociologia, desenvolveu teorias que ainda hoje ajudam a compreender a sociedade. Sua concepção de fato social destaca como normas, valores e regras moldam o comportamento humano e mantêm a coesão social. No entanto, quando essas normas são enfraquecidas, entramos em um estado que Durkheim chamou de "anomia", caracterizado pela desintegração das estruturas sociais e pela desorientação moral.

Podemos relacionar o que o autor chama de anomia com as diversas taxas de criminalidade no mundo todo. Em sociedades marcadas por desigualdades econômicas, desemprego e exclusão social, os indivíduos frequentemente enfrentam dificuldades em internalizar as regras sociais, o que leva à sensação de desconexão. Tal contexto cria um terreno fértil para comportamentos desviantes e atos criminosos, que podem ser vistos como formas de resistência ou como tentativas desesperadas de adaptação.

Durkheim também argumentava que a criminalidade, até certo ponto, é uma característica normal e funcional das sociedades. Para ele, o crime pode provocar mudanças nas leis e normas, contribuindo para a evolução social. Todavia, quando os índices de criminalidade excedem certos limites, a funcionalidade desaparece e o tecido social começa a se deteriorar.

Conclui-se, portanto, que ao interpretar as teorias de Durkheim, comportamentos que desviam do padrão pré-estabelecido de como uma sociedade deve se comportar – como o crime – forçam o coletivo a enfrentar essa desorganização social e reconstruir os alicerces éticos e morais que sustentam a vida coletiva.

Lorraine de Oliveira Maciel – Direito – 1º ano - Matutino

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