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segunda-feira, 14 de abril de 2025

A luz e o vazio.

No tempo em que o homem, com mãos calejadas,  

Rodava as engrenagens e movimentava as cidades,  

A razão, como luz, guiava os passos,  

E a ciência trazia verdades.


A máquina a vapor, era sinônimo de prosperidade ,  

O homem,  desejando se urbanizar,  

O trem, o telégrafo, a luz elétrica emitiam luminosidade,  

E o futuro parecia caminhar.


Não bastava o saber científico, frio e racional,

Era preciso, também, entender o humano, o social.

E o progresso, sem leis justas, apenas enfraquece,

Mas idealizava-se que com inovações, a sociedade se estabelece.


Falava não de fé, mas da razão que conduz,

A política e o rumo que ela traduz.

Viu nas normas o mecanismo para o mundo transformar,

na divisão dos poderes uma forma de equilibrar.


A felicidade terrena pautada no coletivo

em conjunto com a harmonia social 

se pautará em formar uma moral universal 

Em que cada um tem sua função e lugar definitivo.


Enxerga na teologia uma inspiração fundamental,

já que é dela a essência de muito conceito moral

Mas, visualizando unicamente a Humanidade,

ao contrario da moral católica, ignora a individualidade.


Hoje, o progresso não é mais de ferro e carvão,  

Mas feito de códigos e muita informação.  

O mundo, conectado em uma tela brilhante,  

transforma a ausência pela distancia em presença constante.


Em um cenário marcado pela crise ambiental,

O homem busca, como sempre, lucro total,

Esquece portanto, que sem a natureza,

fica sem a vida, sua maior riqueza.


Entre integrações e conexões sem fim,  

Ainda é o homem quem busca o seu próprio fim.  

A razão que antes era o fundamento,  

Hoje, se perde entre o progresso e o vazio do pensamento.


Laís Alves de Queiroz- 1º ano direito / noturno.

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