No tempo em que o homem, com mãos calejadas,
Rodava as engrenagens e movimentava as cidades,
A razão, como luz, guiava os passos,
E a ciência trazia verdades.
A máquina a vapor, era sinônimo de prosperidade ,
O homem, desejando se urbanizar,
O trem, o telégrafo, a luz elétrica emitiam luminosidade,
E o futuro parecia caminhar.
Não bastava o saber científico, frio e racional,
Era preciso, também, entender o humano, o social.
E o progresso, sem leis justas, apenas enfraquece,
Mas idealizava-se que com inovações, a sociedade se estabelece.
Falava não de fé, mas da razão que conduz,
A política e o rumo que ela traduz.
Viu nas normas o mecanismo para o mundo transformar,
na divisão dos poderes uma forma de equilibrar.
A felicidade terrena pautada no coletivo
em conjunto com a harmonia social
se pautará em formar uma moral universal
Em que cada um tem sua função e lugar definitivo.
Enxerga na teologia uma inspiração fundamental,
já que é dela a essência de muito conceito moral
Mas, visualizando unicamente a Humanidade,
ao contrario da moral católica, ignora a individualidade.
Hoje, o progresso não é mais de ferro e carvão,
Mas feito de códigos e muita informação.
O mundo, conectado em uma tela brilhante,
transforma a ausência pela distancia em presença constante.
Em um cenário marcado pela crise ambiental,
O homem busca, como sempre, lucro total,
Esquece portanto, que sem a natureza,
fica sem a vida, sua maior riqueza.
Entre integrações e conexões sem fim,
Ainda é o homem quem busca o seu próprio fim.
A razão que antes era o fundamento,
Hoje, se perde entre o progresso e o vazio do pensamento.
Laís Alves de Queiroz- 1º ano direito / noturno.
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