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domingo, 23 de março de 2025

A Importância de um Pensamento Altruísta e Imparcial para a promoção da Justiça

 

Atualmente, observa-se uma constante negação dos direitos humanos em razão de ideologias extremistas. Nesse sentido, quando tais situações invadem a jurisdição, imediatamente, preocupamo-nos. Pois, afinal, o tribunal deveria ser um ambiente de imparcialidade.

Imagine-se na seguinte situação: você sofreu um crime de importunação sexual. No entanto, o juiz que julgou seu caso acredita firmemente que isso só aconteceu porque VOCÊ, de alguma maneira, provocou isso, seja pela sua roupa ou mesmo por seu comportamento. Certamente, o que o juiz acredita, nestes casos, está ligado com a sua própria ideologia como um ser humano, o que muitas vezes não condiz com a realidade e não possui fundamentos práticos. Consequentemente, você e muitas outras pessoas, que poderiam passar por esta situação, são constrangidas e privadas de alcançar a sua justiça, por causa da falta de profissionalismo destes juristas. René Descartes nos introduz essa mesma ideia com o princípio de “Deve-se evitar toda a precipitação e preconceito ao se analisar um assunto”.

É interessante analisar que, quando colocadas sob a realidade social, as ideologias se tornam egoístas e causam até mesmo injustiças, o que é paradoxal com o objetivo mor da justiça em sua matriz. Portanto, é ideal que profissionais relacionados à área jurídica tenham, principalmente, altruísmo para com quem necessita de ajuda judicial.

Faz-se mister lembrar que somos humanos e que é quase impossível ser TOTALMENTE imparcial. Entretanto, é necessário que juristas parem de “olhar para o próprio umbigo” e pensem menos no “o que eu acho que é certo” para que esqueçam de suas ideologias durante a mediação de um caso. Dessa forma, a justiça, no seu conceito ideal, poderá ser mais facilmente alcançada quando uma situação é julgada com base em fatos da realidade social.

Um comentário:

  1. Tudo bem, Quéren? Não apenas o Judiciário, mas o dito "mundo do Direito" é formado substancialmente por pessoas. Seres falhos, portanto. Você está correta quanto à necessidade do altruísmo e de o jurista despir-se, o quanto possível, de seus valores para considerar a existência de outras realidades, enfim, da busca, o mais possível, do profissionalismo no contexto dos conflitos que chegam para solução. De todo modo, importante, em visão crítica, compreendermos que Justiça é um conceito que comporta vários significados, bem assim que no universo do conflito há a possibilidade de haver mais de uma "justiça". Um abraço, Alexandre.

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