Em uma sociedade extremamente individualista e globalizada, seguindo as tendências capitalistas, um pode se imaginar como ente separado do coletivo. Nesta realidade distante da vida comunitária, o individuo muitas vez não é capaz de entender que suas ações são influenciadas pelo seu contexto social. O dever do cidadão, assim, é o de entender o todo e, portanto, compreender a si próprio: ele é um produto do social.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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domingo, 23 de março de 2025
A consciência do pessoal inserido no social.
A pessoa individualista se faz prisioneira de uma bolha, e é incapaz de analisar seu entorno. Não percebe quando seus problemas - e os dos outros - são fruto de mazelas sociais. Por isso, se faz necessário o entendimento daquilo que é chamado de "imaginação sociológica" por Charles Wright Mills. A imaginação sociológica é a capacidade de entender as relações entre o todo e o privado (pessoal). Em muitas sociedades tribais, há a noção de comunhão com o povo, natureza e ancestrais. Num sentido secular, essa é a imaginação sociológica.
Em conseguinte, o estudo da sociedade é uma ciência submetida a todos os seus métodos tradicionais: tese, pesquisa e análise, sendo também falseável, mas sempre com a sensibilidade necessária para tratar de problemas humanos. É a habilidade de ver o indivíduo como parte de uma teia maior de relações sociais históricas e de entender como isso influencia seus pensamentos, sentimentos e comportamentos. O sociólogo, dessa maneira, não pode se alienar de suas ideologias pessoais, porém precisa se manter o mais neutro possível.
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