Mills C. Wright define a imaginação sociológica como a ligação entre experiências individuais e sistemas sociais mais amplos nos quais questões de saúde mental orientadas para o indivíduo, como ansiedade e depressão, decorrem das condições econômicas, políticas e culturais predominantes. Muitas pessoas concordam que a saúde mental é geralmente considerada um problema individual perplexo, mas, quando examinada sociologicamente, torna-se ainda mais complicada.
Em A Sociedade do Cansaço, Byung-Chul Han, argumenta que vivemos em uma sociedade caracterizada por excesso de autopositividade e autocobrança. A realidade atual é caracterizada, entre outras coisas, por uma pressão por desempenho exploratório que contribuiu enormemente para o aumento dos casos de transtornos psicológicos. Aqui, as pessoas não são mais forçadas a atender a padrões externos; em vez disso, estabelecem limites para si mesmas sob a premissa de que o sucesso e o fracasso são determinados exclusivamente pela quantidade de esforço que um indivíduo investe. Essa mentalidade traz uma cultura de fadiga, onde não fazer nada é traduzido como desperdiçar tempo, e qualquer manifestação da necessidade de descanso é equiparada ao fracasso.
Por meio da perspectiva da imaginação sociológica, ela observa que a crise da saúde mental não é um problema clínico ou individual, e sim um fenômeno social. O aumento de casos com diagnóstico de burnout, ansiedade e depressão não é solucionável apenas em nível biológico ou psicológico.
Jessyca Pacheco Almeida, 1º semestre, direito matutino
Você tocou em um ponto importante, Jessyca, qual seja, nossa sanidade mental, sob a perspectiva da relação individual/social. Obrigado pela postagem. Com respeito, Alexandre.
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