Descartes e Bacon se unem na proposta de dar viés pragmático à ciência, consoante ao novo mundo moderno, busca o trabalho e o conhecimento nas esferas de ascensão do homem, ser absoluto dotado de razão e experiência, suficientes para transformar e adaptar o mundo à sua medida. A natureza não mais sendo musa na produção de conhecimento, mas um degrau em direção à infinita fabricação de saber.
A partir da exploração irrestrita do meio, o homem construiu as bases de uma sociedade mecanicista, que, ao desmembrar a natureza em parcelas cognoscíveis, visa incansavelmente a produção de experimentos com o fim de serem interpretados pela razão, possibilitando mais e mais transformações, num looping constante que perdura há cerca de 300 anos.
Em meio a isso, observa-se uma contracorrente pós-moderna que busca mitigar os efeitos dessa interferência humana. Iustrada no filme “O Ponto de Mutação”, que mostra a conversa de três personagens que representam as nuances desses diferentes pontos de vista: o político que personifica a praticidade e o progresso, a cientista desiludida com a ciência e o poeta apaixonado.
O balanço entre as falas de cada personagem tece a reflexão crítica a respeito da ciência pós moderna, que se faz cada dia mais fundamental na construção de um futuro em sociedade, considerando que o avanço científico se apoia na destruição de nossos recursos, à medida que o tempo passa torna-se mais inviável que a ciência se resuma à simples produção em massa de conhecimento.
Aluna: Nicole Pimentel
1ºano direito noturno
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