Entre os séculos V e XV a sociedade europeia encontrava-se regida por dogmas e crenças limitantes para quanto o avanço da ciência, analogamente restringindo a indagação sobre o mundo e seus funcionamentos, a partir de explicações parcamente esclarecedoras, tornando a evolução até aquele certo período lenta e redundante. Tais crenças perduraram por longos períodos, porém não foi o suficiente para a humanidade, já que juntamente com a instauração dos burgos e a ascensão da burguesia, crescia a necessidade de criação de técnicas e teorias para aperfeiçoar a humanidade e tornar cada vez mais hábil seu espaço e tempo.
Portanto, a partir desta insatisfação em massa e necessidade de transformação, sucedeu a corrente iluminista, com propósito de gerar mudanças sociais e políticas naquela sociedade obsoleta. Seus principais precursores foram Descartes e Francis Bacon, que com suas obras propunha a ruptura da antiga filosofia substituindo por bases epistemológicas, dando por conseguinte início a modernidade.
O principal objetivo da modernidade iluminista era buscar por conhecimento verdadeiro, baseado na ciência, todavia, não se sabia por onde e como começar e foi a partir deste ponto que Descarte e Bacon, através das suas obras, revolucionaram o âmbito da ciência e da sociedade, visto que, ambos filósofos tinham como finalidade a criação da base epistemológica, no qual dispunham a reflexão geral do conhecimento humano. Por conseguinte obtiveram o impulsionamento da indagação ao senso comum, assim, suscitando transformações de ideias e técnicas na sociedade, fazendo com que a evolução se tornasse constantemente e ágil.
De acordo com tal evolução possibilitada através de pesquisas baseadas no método científico, o mundo progrediu em técnicas e tecnologias de forma célere, pois em apenas quatro séculos após a publicação das obras desses filósofos, a humanidade passou por três revoluções industriais, chegando na qual se vive hoje: a era da informação.
Contudo, apesar de vivenciar a época da informação no século XX - com diversos recursos gerados pela ciência-I, há inúmeras divergências de situações no qual o ser humano dúvida de fatos comprovados cientificamente, a base de questionamento, observação e experimentação. Dessa forma, pode-se notar certo regresso e inaplicabilidade da base epistemológica, fazendo com que a sociedade deixe-se ser levada pelos dogmas e crenças limitantes tal qual a população dos feudos na época medieval, ocasionando em diversas percepções errôneas e falsas do mundo.
A exemplo de tal compreensão inautêntica,pode se citar a relutância social quanto a vacina do COVID-19. Onde apesar de toda tecnologia e estudo para criação de tal medicamento e comprovação científica sobre a eficácia da mesma, grande parte da sociedade segue negando os fatos. Uma vez que, propagar e acreditar no senso comum se torna mais simples do que usar a base do conhecimento científico para se questionar sobre tal discurso. No entanto, tais grupos negativistas não apenas prejudicam a si mesmos e a evolução tecno-informacional do globo, mas juntamente impactam na vida de milhares de seres humanos. Inegavelmente, um exemplo de tal impacto foram as milhares de mortes durante os dois anos de pandemia e os incontáveis discursos que contrariam a vacinação.
Em suma, as bases epistemológicas de Descartes e Bacon, foram um grande avanço para a sociedade - seja na área do trabalho, lazer ou da saúde -, tornando a compreensão e transformação do meio em algo fertil. Bem como, sem tal método, o avanço progressivo e diligente não seria possível, tal qual o período entre os séculos V e XV.
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